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A corretora de seguros da Caixa Econômica Federal vai estrear no pregão da BM&FBovespa na próxima sexta-feira (5), reabrindo as ofertas de capital na bolsa brasileira, depois de um período de seca que durou sete meses.

A operação chama a atenção não só por ser a primeira do ano, mas por ter despertado fortemente o interesse dos investidores. A demanda pela oferta pública inicial da Par Corretora chegou a R$ 5 bilhões, fazendo a empresa elevar o teto estipulado para compra da ação de R$ 11,60 para R$ 12,35, segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Com isso, a oferta inicial (IPO, na sigla em inglês) da companhia, que tem entre os sócios a Caixa e a GP Investimentos, pode ultrapassar os R$ 600 milhões, considerando o lote suplementar, correspondente a 10% do principal. O intervalo de preço inicialmente proposto ia de R$ 11,25 a R$ 11,60.

A demanda em torno de dez vezes a prevista inicialmente foi impulsionada, conforme fonte a par do assunto, não só pelo interesse do mercado, mas, principalmente, pelo fato de três investidores internacionais, não mencionados no prospecto, já terem indicado intenção em comprar cerca de 70% do IPO. “É um negócio de serviços, com geração de caixa, que paga dividendo e não está muito exposto à crise. A demanda surpreendeu”, diz a fonte.

Caixa deve ser o banco mais afetado pelos saques na poupança

A situação mais crítica em relação aos saques na poupança está na Caixa Econômica Federal. Além de ter restringido os empréstimos para a compra da casa própria, financiando no máximo metade do valor no caso de imóveis usados, aumentou os juros por duas vezes.

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Ancoragem

Na segunda-feira (1°), ao longo do dia, os bancos que assessoram a operação tentaram negociar com a gestora de recursos Gávea, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, para mudar o teto da faixa de preço. De acordo com o prospecto preliminar, a Gávea tinha se comprometido a “ancorar” a operação, comprando um valor equivalente a R$ 140 milhões.

Se a precificação ficasse fora da faixa de preço indicada, a gestora não teria obrigação de realizar o investimento privado. Como os bancos e Gávea não chegaram a um acordo, o fundo não deve mais ancorar a abertura de capital. Procurada, a gestora não comentou o assunto até o fechamento da edição.

O segmento almejado pela Par Corretora é o Novo Mercado, de mais alto nível de governança corporativa da BM&FBovespa. Os coordenadores da oferta da Par são o Bradesco BBI, como líder, JPMorgan, BTG Pactual, Credit Suisse e Itaú BBA.

Os acionistas vendedores serão a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, que possui 21,35% da Par; a Évora Fundo de Investimento em Participações (3,65%); e a Algarve, da GP Investimentos (17,70%). Após a oferta, independentemente da execução do lote suplementar, a Federação sairá da Par Corretora, enquanto a Évora reduzirá sua fatia para 1,79% e a Algarve, para 13,01%, em ambas as situações em considerar o lote extra. A Caixa não diminuirá sua participação, de 25% via Caixa Seguros e de 26% por meio da Par Participações.

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