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São Paulo – A economia brasileira apresentou uma expansão de 4,3% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro está em linha com expectativas de analistas, que esperavam variação de 2,9% a 4,8%. Em relação aos três últimos meses do ano passado, o incremento foi de 0,8%, também dentro da estimativa, que variava entre 0,6% e 0,8%. Em valores, o PIB brasileiro totalizou R$ 596,2 bilhões. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – no primeiro levantamento após a mudança de cálculo do conjunto das riquezas produzidas no país.

Segundo o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central com base em consultas a mais de cem analistas de mercado, o crescimento da economia neste ano deve alcançar 4,2%. Já o governo promete uma alta de 4,5%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, aposta que o Brasil fechará o ano de 2007 com o sétimo PIB do mundo.

Pela ótica da oferta, o maior destaque coube ao setor de serviços – sustentado pelo aumento da massa salarial e do emprego. O segmento, que detêm maior peso entre os setores, apresentou expansão de 1,7% em relação ao quarto trimestre de 2006.

A telefonia e a intermediação financeira foram os principais destaques dentro dos serviços. O sistema de informação, do qual fazem parte a telefonia fixa e móvel, TV por assinatura, serviços de informática, cresceu 7,3% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo do ano passado. Nos primeiros três meses de 2006, ele tinha subido 1,2%. Já os serviços de intermediação financeira mantiveram o crescimento em patamar alto de 9,2%.

Roberto Olinto, coordenador de contas nacionais, diz que o setor de telefonia tem se beneficiado de um crescimento mais acentuado do serviço móvel no período e do crescimento da renda. "É um movimento que temos observado há um tempo a telefonia móvel crescer mais sobre a telefonia fixa."

No caso da agropecuária, segundo Claudia Dionisio, da Coordenação de Contas Nacionais, a queda ocorreu porque o setor teve uma base de comparação alta. "Nos terceiro e quarto trimestres do ano passado a agropecuária estava bastante aquecida depois da quebra da safra em 2005." Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado a atividade registrou alta de 2,1%.

Já a indústria apresentou um crescimento de apenas 0,3% no primeiro trimestre na série com ajuste sazonal e cresceu 3,0% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. A indústria extrativa mineral registrou forte desaceleração de 14% no primeiro trimestre de 2006 para 4,1% no de 2007. A indústria de transformação avançou 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionada pelas máquinas e equipamentos, automóveis e material elétrico.

A taxa de investimento da economia cresceu 7,2% no primeiro trimestre deste ano ante o mesmo período de 2006 e se consolidou como principal combustível entre os itens que formam o PIB - consumo das famílias, gasto governamental e setor externo. Foi a 13.ª vez que o Brasil apurou crescimento da taxa de investimento, também chamada de Formação Bruta de Capital Fixo, índice calculado a partir dos investimentos em construção civil e em bens de capital. O valor nominal do investimento foi de R$ 102,6 bilhões, 17,2% do PIB do período.

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