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A estimativa decrescimento da massa salarial este ano, que passou de 5,67% para 8,82%, significa que o pior da crise financeira internacional já passou no Brasil. A avaliação foi feita nesta terça-feira (21) Agência Brasil pelo economista Fernando Holanda do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas.

O dado consta do relatório de avaliação fiscal do terceiro bimestre, encaminhado na última segunda-feira (20) ao Congresso Nacional pelo Ministério do Planejamento. Holanda destacou quea estimativa de aumento da massa salarial significa elevação da renda do salário Essa é a expectativa dele (do governo). Ponderou, contudo, que as previsões muito otimistas do governo não têm se efetivado até o momento. Nas últimas previsões, eles erraram.

De qualquer modo, Holanda afirmou que a massa salarial não caiu durante o período crítico da crise, ao contrário do que acreditavam muitas pessoas. A expectativa agora é que a economia tenha uma recuperação. A gente deu o azar de a crise pegar o país justamente no momento de grande crescimento da economia brasileira, o que resultou em queda do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos trimestres do ano passado. Com isso, houve o impacto e o Banco Central começou a baixar juros, comentou.

As economias em desenvolvimento, inclusive o Brasil, estão voltando a crescer. Os bancos já começam a melhorar a projeção para o final do ano. Então, acredito, sim, que o grosso da crise passou. Holanda espera que a economia continue aquecida. O aumento da renda significa, para ele, aumento do consumo.

A gente continua com um crescimento forte do consumo das famílias. E se realmente se concretizar essa massa salarial em expansão, isso é uma boa notícia, porque a economia ultimamente tem crescido, tendo como principal componente o crescimento do consumo das famílias, comentou.

No trimestre janeiro a março de 2009, a economia caiu 0,8%, mas o consumo das famílias já voltou a crescer. O consumo das famílias foi, antes da crise, e deve voltar a ser um fator de crescimento do PIB.

O economista do Ibre/FGV alertou, porém, que talvez o consumo das famílias não vá crescer tanto, como em períodos anteriores, por conta do crédito que não deve ser tão fácil de se obter como era no ano passado. Mas, um importante componente do crescimento da economia vai ser o consumo das famílias. Então, aumentando a renda das famílias, isso é um bom sinal para a economia. Obviamente, caso se concretize a previsão do governo, salientou.

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