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A crise financeira internacional, que abalou grandes setores econômicos brasileiros, como o automobilístico e da construção civil, pode abrir novas perspectivas para empresários de Tecnologia da Informação na opinião do presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação, seção Rio de Janeiro (Assespro/RJ), Cláudio Nasajon.

Essa crise tem uma parte boa, porque nós, empresas de TI (Tecnologia da Informação), fazemos soluções para melhoria de produtividade de outras companhias, disse.

Recordando a premissa de que produtividade significa produzir mais com menor custo, Nsajon afirmou que qualquer que seja a solução de TI, desde uma simples planilha eletrônica até um software (programa de computador) de gestão, o sistema contribui para aumentar a produtividade.

Se você está numa crise, as empresas devem procurar soluções para aumento de produtividade. Então, eu vejo para nós, lamentavelmente por causa da crise, uma ótima oportunidade para expandirmos nossos horizontes empresariais.

Para Nasajon, o governo está, acertadamente, investindo em empreendedorismo. Ele acredita que os programas de incentivo a novas empresas do Serviço de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão aumentar o número de empresas iniciantes que, certamente, trarão soluções inovadoras.

O que acontece, agora, é que, com essa crise, os grandes investidores deram uma segurada. Não porque ficaram pobres, mas porque ficaram psicologicamente abalados. Isso abre uma oportunidade para o pequeno investidor, que pode entrar com capital-semente e o colocar em empresas de inovação que têm um potencial de crescimento grande, principalmente porque, agora, estão amparadas por todos esses projetos governamentais de empreendedorismo, analisou.

Ele lembrou, ainda, que o setor de Tecnologia da Informação é um dos setores inovadores por sua própria natureza. Segundo Nasajon o Brasil é destaque tanto na produção de soluções criativas de tecnologia como em termos de consumo. Ao contrário da Índia, o país consome 80% da produção de softwares. "O mercado interno de TI é muito forte. E isso dá ao país uma boa blindagem contra a crise.

Cláudio Nasajon admitiu que as empresas que exportam mão-de-obra devem sofrer, no entanto, um pouco, perdendo competitividade, devido valorização do dólar. Em compensação, o mercado interno brasileiro vai suprir essa perda de competitividade externa. O Brasil é muito forte em desenvolvimento.

Nasajon sugeriu que em vez de investir em empresas que terceirizam mão-de-obra para competir com a Índia ou a China, o governo brasileiro deveria incentivar o desenvolvimento de exportação de tecnologia.

Eu quero concorrer com Israel. Eu quero ser comparado a um dos países que desenvolvem mais tecnologia e não aos que exportam mão-de-obra, por ser mais barata aqui do que nos Estados Unidos. E nós temos um potencial enorme para isso. Essa é a bandeira que a Assespro defende, disse.

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