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A crise do etanol levou a Petrobras a retomar a importação de gasolina depois de cerca de quatro décadas de autonomia.

O combustível foi embarcado na Venezuela, que já conta com encomendas futuras, e chegará ao litoral brasileiro ainda neste mês.

Segundo a empresa, foram importados aproximadamente 270 mil metros cúbicos. É o equivalente a cerca de 2 milhões de barris. "Para os meses subsequentes, a Petrobras está avaliando a necessidade de importação e, se existente, estimará o volume a ser importado", informou a petroleira, em nota.

A necessidade de importar gasolina veio dos problemas que o etanol brasileiro vem enfrentando nos últimos meses. A chuva que interrompeu a colheita e o desvio de parte da cana plantada para a produção de açúcar, com excelente cotação no mercado internacional, fizeram com que a oferta do produto fosse insuficiente para atender à crescente demanda.

Os preços do etanol subiram e, pontualmente, houve desabastecimento nas bombas. A expectativa é que o mercado só comece a se normalizar com o início da safra, que em algumas usinas será antecipada de abril para o fim deste mês.

Com o etanol mais caro, os donos de carros flex deixaram de ver atratividade no combustível e migraram para a gasolina, sob o argumento de uma melhor relação custo/rendimento.

Além disso, desde 1º de fevereiro está em vigor uma mistura menor de etanol na gasolina. Em vez dos 25% de etanol, a gasolina passou a ter 20%. Tudo na tentativa de derrubar a demanda pelo etanol até que o fornecimento seja normalizado e os preços voltem a cair. Com estoques baixos e aumento do consumo de gasolina, a Petrobras recorreu à importação para dar conta da demanda.

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