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Evento organizado por startup

Empresas criam ações para prevenir doenças mentais entre funcionários

Patrícia Basilio, especial para a Gazeta do Povo
21/01/2020 21:43
Sete em dez profissionais no Brasil sofrem com estresse no trabalho e 32% com burnout, síndrome caracterizada pelo esgotamento físico e mental, segundo a Isma-BR (Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse). Diante de dados que só aumentam, grandes empresas, como Grupo O Boticário e Resultados Digitais, criam ações preventivas e reativas para barrar as doenças mentais entre funcionários. Dados da Escola de Economia e Ciência Política de Londres apontam que as empresas brasileiras perdem R$ 205 bilhões em função do adoecimento psicológico da equipe — entre gastos custos com plano de saúde, afastamento de funcionário e queda de produtividade.
O Grupo O Boticário deve destinar até R$ 1,6 milhão, em 2020, em ações para saúde psicológica dos funcionários. A gigante paranaense criou uma metodologia que cruza e analisa dados de atendimentos psicológico e psiquiátrico da equipe, assim como possíveis internações, para desenvolver um conteúdo preventivo sobre doenças psíquicas. “Queremos que nossos funcionários busquem ajuda o mais rápido possível”, afirmou Renata Simioni, médica do trabalho do grupo, nesta terça-feira (21).
No workshop
Cubo Mental Health, organizado pela startup Vittude, no Cubo Itaú, maior hub de
inovação da América Latina, Renata destacou que a sociedade já superou a fase
de ocultar doenças psicológicas por vergonha ou medo de opressão da liderança.
“As pessoas precisam começar a falar de suas fraquezas para que as outras se
identifiquem e falem também”, defendeu ela, no evento.
O líder,
inclusive, deve ser o primeiro a se autoavaliar, reforçou Anderson Nielsen,
diretor de gestão de pessoas da Resultados Digitais, conhecida como RD. A
empresa contratou a Vittude, startup de terapia online, para avaliar o perfil
de gestores nos primeiros meses de trabalho e desenvolver competências
comportamentais (soft skills) para o avanço da equipe com um todo.
“Um profissional demora nove meses para se adequar à empresa. Da mesma forma, a empresa pode levar meses para descobrir se ele é sociopata. Avaliar o líder é fundamental para evitar problemas no longo prazo”, conclui o executivo.

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