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Bernanke: crítica ao conceito de “grande demais para quebrar” | Laura Segall/AFP
Bernanke: crítica ao conceito de “grande demais para quebrar”| Foto: Laura Segall/AFP

Indústria na zona do euro cai 17,3%

São Paulo - Folhapress

A produção industrial dos 16 países que compõem a zona do euro teve queda recorde em janeiro, mostrando o agravamento dos problemas na economia da região. Com as empresas reduzindo investimentos e demitindo trabalhadores, a produção em janeiro recuou 3,5% ante dezembro. Na comparação com o primeiro mês de 2008, a queda foi maior: 17,3%. Em dezembro, as quedas haviam sido, respectivamente, de 2,7% e 11,8%. Entre os países que já divulgaram seus dados, os piores resultados foram registrados por Portugal, com queda de 9,8%, e pela Alemanha – a produção industrial caiu 7,5%, o pior resultado desde a reunificação.

O déficit orçamentário dos Estados Unidos para o ano fiscal de 2009 (que termina em setembro), alcançará o recorde de US$ 1,845 trilhão, equivalente a 13,1% do PIB, segundo o CBO (Escritório do Congresso para o Orçamento, na sigla em inglês).

Os democratas no Congresso preparam a proposta orçamentária do presidente americano, Barack Obama, para ser submetida a uma votação preliminar na próxima semana. O valor ficou acima da estimativa feita pela Casa Branca no mês passado, de um déficit de US$ 1,75 trilhão, e supera em muito a estimativa feita pelo próprio CBO em janeiro, de um déficit de US$ 1,2 trilhão.

"Desde que o CBO divulgou suas projeções em janeiro, o panorama para o déficit orçamentário se deteriorou mais’’, diz o texto do órgão do Congresso. "A promulgação da lei de estímulo, a piora do cenário econômico e outros fatores elevaram as projeções do déficit em mais de US$ 400 bilhões, tanto em 2009 quanto em 2010.’’

No último dia 3, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse que o governo Obama herdou "a pior situação fiscal da história do país’’. Segundo ele, do déficit de US$ 1,75 trilhão previsto para o ano fiscal em curso, US$ 1,3 trilhão – cerca de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) americano – foi herdado da administração anterior, do presidente George W. Bush.

Bernanke

Ontem, o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, fez uma apresentação a executivos do setor bancário na qual afirmou que são necessárias alterações na noção de que há instituições financeiras "grandes demais para quebrar" por causa dos seus efeitos no resto da economia, mas defendeu os últimos socorros do governo americano a bancos – que custarão centenas de bilhões de dólares aos contribuintes norte-americanos.

Segundo ele, os credores dessas instituições têm menos incentivos para monitorar e restringir os riscos que elas assumem, o que cria também um problema para as firmas menores, que podem ter mais dificuldade para captar dinheiro, apesar de terem uma situação "melhor, ou pelo menos não pior", que as das maiores.

"A erosão na disciplina do mercado distorce o comportamento dos mercados e dá um incentivo para as empresas crescerem, internamente ou por meio de aquisição, para serem reconhecidas como grandes demais para quebrar."

Os EUA já gastaram centenas de bilhões de dólares para socorrer várias instituições financeiras, como o Citigroup e a AIG, mas foi a decisão de não ajudar o banco Lehman Brothers que provocou mais efeitos, pelo menos de curto prazo, na economia mundial.

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