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Canteiro de obras da Usina de Mauá: principal investimento da Copel está atrasado por causa de disputa jurídica com ambientalistas | Marcelo Frazão
Canteiro de obras da Usina de Mauá: principal investimento da Copel está atrasado por causa de disputa jurídica com ambientalistas| Foto: Marcelo Frazão

O desaquecimento da economia deve fazer o consumo de energia crescer 3% no Paraná em 2009, metade do avanço (6%) registrado no ano passado, segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel). Apesar da expansão mais fraca, a empresa vai manter os R$ 1,1 bilhão em investimentos previstos para o ano. Boa parte desse total irá para as áreas de distribuição e transmissão e para aquisições no mercado.

"A Copel tem caixa suficiente – estimado em R$ 1,5 bilhão – para bancar sua expansão sem ter que recorrer a financiamentos em um momento de crise. Acreditamos que, mesmo com um crescimento menor do consumo neste ano, vamos manter nossa rentabilidade", diz o presidente da empresa, Rubens Ghilardi.

Do total de recursos previstos para 2009, R$ 180,3 milhões irão para usina de Mauá, de 361 megawatts (MW), parceria entre a Copel (51%) e a Eletrosul (49%), e principal projeto da estatal em andamento. Depois de muitos atrasos por conta de pendências judiciais, a usina começou a ser construída no rio Tibagi. O presidente da empresa já admite, porém, que haverá atraso no cronograma de início de fornecimento de energia. A previsão era janeiro de 2011, mas agora a empresa já projeta que só será possível começar a atender a demanda em março de 2011. "Vamos ter de comprar energia de terceiros para pelo menos um mês", prevê.

A usina de Mauá faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o investimento estimado é de R$ 1 bilhão. Tanto a Copel quanto a Eletrosul aguardam a liberação dos recursos do BNDES – que vai bancar 70% do custo da obra.

Apesar da previsão de queda no ritmo de crescimento do consumo de energia em 2009, Ghilardi diz que os dois primeiros meses do ano registraram bom resultado, com crescimento sobre o mesmo período do ano passado. Alguns setores industriais, como de papel, siderúrgico e de produção de veículos, no entanto, já colocaram o pé no freio desde o fim do ano passado. "Uma vantagem do Paraná é que sua economia está diversificada. O consumo de energia da agroindústria, do comércio e residencial continua normal", afirma. No ano passado, o consumo de energia elétrica no mercado cativo da Copel, formado por 3,5 milhões de ligações em 393 municípios paranaenses, foi de 19,6 milhões de MWh (megawatts-hora).

Para 2009, a empresa também pretende disputar novos leilões de transmissão e geração. Depois de perder a licitação para construir a usina Baixo Iguaçu para o grupo Neoenergia, em setembro do ano passado, a empresa mira agora as concessões de transmissão, como a linha de Itaipu para o Sul do país – entre Foz do Iguaçu e Cascavel – e de operação de novas usinas, como Salto Grande (52 MW) no rio Chopim, e de Telêmaco Borba (112 MW) no Tibagi. A Copel também vai participar dos leilões de energia eólica.

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