• Carregando...

O aumento do desemprego já atinge as contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que poderá registrar mais saques do que depósitos este mês. Como mostra reportagem de Geralda Doca, Eduardo Rodrigues e Luiza Damé, publicada na edição do Globo neste sábado. Os desembolsos cresceram 20% em janeiro e 35% em fevereiro, na comparação com o mesmo período de 2008.

Foram gastos em janeiro deste ano R$ 2,336 bilhões para pagar a 1,3 milhão de trabalhadores e, em fevereiro, R$ 2,623 bilhões, para 1,459 milhão de desempregados. Apesar disso, o saldo de arrecadação ainda foi positivo, o que não deve mais acontecer em março, calculam técnicos da Caixa Econômica. A previsão é que este mês registre déficit nas contas, ou seja, saques devem superar os depósitos.

A arrecadação líquida do FGTS no bimestre continua positiva, já que, em janeiro, o recolhimento do décimo terceiro salário ajudou a engordar as receitas do Fundo. No entanto, ainda não foi absorvido totalmente o impacto das demissões dos trabalhadores temporários (fim de ano), o que só deve acontecer neste mês. A Caixa espera o fechamento dos dados do trimestre para previsões.

Mesmo diante deste quadro, o governo conta com o dinheiro do Fundo para o pacote habitacional a ser lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima quarta-feira: R$ 12 bilhões para subsidiar famílias de baixa renda. Além do desemprego, a decisão do governo de elevar de R$ 350 mil para R$ 500 mil o limite de avaliação dos imóveis financiados pelo FGTS vai aumentar os saques.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]