A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (19), em evento com empresários durante visita à Suécia, que o Mercosul está pronto para apresentar sua proposta à União Europeia para um acordo comercial entre os dois blocos, e reiterou o compromisso do governo com o ajuste fiscal.
União Europeia e Mercosul negociam há vários anos um acordo de livre-comércio entre os blocos, que se tornou ainda mais importante para as respectivas economias em virtude da assinatura neste mês de um acordo comercial entre os Estados Unidos e mais 11 países da costa do Pacífico, a chamada Parceria Transpacífico (TPP).
“O Mercosul está preparado para apresentar sua oferta comercial à União Europeia e, a partir daí, estabelecer um acordo comercial ambicioso e extremamente vantajoso para ambas as partes”, disse Dilma em discurso na cerimônia de abertura de seminário empresarial Brasil-Suécia, em Estocolmo.
“Este acordo abre para a União Europeia, e em especial para a Suécia, todo o mercado da América do Sul e certamente, a partir daí, funcionará como uma plataforma para o restante do continente”, acrescentou.
A troca simultânea de ofertas entre Mercosul e União Europeia é um passo decisivo para as negociações de um acordo de livre-comércio, considerado por Dilma uma prioridade para o bloco de países sul-americanos neste ano. As partes, no entanto, ainda não definiram uma data para a apresentação das ofertas.
Ajuste
Em seu discurso no fórum empresarial, Dilma também reiterou o comprometimento do governo com a política de ajuste fiscal, reforçando que o governo vem trabalhando para garantir o equilíbrio das contas públicas.
“Nossa economia tem fundamentos sólidos e estamos trabalhando de maneira decidida para fortalecer sua saúde fiscal, retomando o equilíbrio, reduzindo a inflação, consolidando a estabilidade macroeconômica, para aumentar a confiança e garantir a retomada do crescimento”, afirmou.
No domingo, em entrevista a jornalistas em Estocolmo, a presidente afirmou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, permanece no cargo, após especulações de que deixaria o governo, e voltou a defender a necessidade de aprovação da CPMF pelo Congresso para que o país volte a crescer.
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