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Embora o tema desta quarta-feira (5) no Palácio do Planalto fosse a Cerimônia de lançamento dos Planos Setoriais na reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, a presidente Dilma Rousseff acabou falando também sobre câmbio. Ao final do evento, ela foi questionada sobre se o governo estaria estudando mais alguma medida para conter a variação do dólar. "Nós não temos medida nenhuma para segurar o dólar. Eu queria informar que este País adota o regime de câmbio flexível", afirmou a presidente.

Dilma também disse que ainda está finalizando a sanção da MP dos Portos, mas que não falaria sobre os pontos a serem vetados. "Estamos nas avaliações finais", disse a presidente. Explicações sobre vetos, entretanto, ficarão a cargo da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que deve falar sobre o tema ainda nesta quarta-feira, 5.

A publicação da MP dos Portos no Diário Oficial da União (DOU) prevista para esta quarta-feira, 5, não saiu. A publicação deveria trazer os vetos da presidente.

Cotação: dólar tem dia volátil

A intensa volatilidade trazida ao mercado cambial pela mudança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que fez o dólar cair 2% para depois subir quase 1% na manhã desta terça-feira, levou o Banco Central a atuar para conter os ânimos dos investidores.

Ao mesmo tempo em que analistas acreditam que a medida --que zerou a alíquota do IOF sobre recursos estrangeiros em renda fixa-- pode reduzir a pressão de alta sobre o dólar no curto prazo, eles ressaltam que o cenário internacional e fundamentos ruins da economia brasileira devem continuar pesando sobre o câmbio no decorrer do ano.

Às 12h57, a moeda norte-americana tinha leve queda de 0,10%, para 2,1267 reais na venda, depois de bater 2,1496 reais na máxima da sessão e 2,0849 reais na mínima, com queda de 2% logo no início dos negócios --movimento que perdeu força após a euforia inicial com a medida.

Segundo dados da BM&F, o volume negociado estava em torno de 2 bilhões de dólares.

Ao anunciar a mudança no IOF na noite de terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que a medida visa retirar obstáculos para o ingresso de capital estrangeiro em renda fixa e descartou que haja interesse em combater a alta da inflação via câmbio.

A valorização do dólar tem sido generalizada devido a sinais de recuperação da economia norte-americana, que tem alimentado expectativas de que o Federal Reserve, banco central do país, reduza seu programa de estímulo. Somente em maio, o dólar avançou 7,04% ante o real.

Na terça-feira, o dólar encostou em 2,15 reais no decorrer do dia, mas anulou a alta a poucos minutos do encerramento da sessão e fechou cotado a 2,1289 reais, já devido a rumores sobre o IOF.

Declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, ajudaram a impulsionar a alta do dólar na terça-feira.

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