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Para a presidente, neste contexto de crise, os países desenvolvidos devem adotar políticas de expansão do investimento | AFP PHOTO / ODD ANDERSEN
Para a presidente, neste contexto de crise, os países desenvolvidos devem adotar políticas de expansão do investimento| Foto: AFP PHOTO / ODD ANDERSEN

Na Alemanha, onde se reúne nesta segunda-feira (5) com a chanceler alemã, Angela Merkel, a presidente Dilma Rousseff voltou a criticar o excesso de recursos injetados na economia global pelos países desenvolvidos para amenizar os efeitos da crise econômica que enfrentam. Dilma disse que essa expansão monetária produz desvalorização artificial das moedas e uma bolha especulativa.

"Quando [se] expande nessa proporção, a massa monetária produz dois efeitos, um é a desvalorização artificial da moeda. Porque a desvalorização não artificial da moeda é produzida por ganhos de competitividade das economias domésticas, essa equivale a uma barreira tarifária e todo mundo se queixa de barreira tarifária, de protecionismo, e isso é uma forma de protecionismo". A presidente completou: "Tem um outro problema sério, cria-se uma massa monetária que não vai para a economia real, ela produz bolha, especulação".

Dilma disse também que o momento é importante para discutir "mecanismos incorretos" de política cambial. "Por isso o Brasil quer mostrar que está em andamento uma forma concorrencial de proteção de mercado, que é o câmbio. Não é tarifa, é o câmbio. O câmbio hoje é uma forma artificial de proteção do mercado", disse em entrevista.

Para a presidente, neste contexto de crise, os países desenvolvidos devem adotar políticas de expansão do investimento. "O investimento não só melhora a demanda interna, mas abre também a demanda externa por nossos produtos".

Dilma também ressaltou que o Brasil é uma economia soberana e que o país tomará as medidas necessárias para se proteger.

A crise econômica internacional será tema da conversa entre Dilma e Angela Merkel, que é a principal líder das negociações na União Europeia (UE) em busca de soluções para evitar o agravamento da crise. As duas também devem conversar sobre educação, ciência, tecnologia e inovação, além de desenvolvimento sustentável, energia e infraestrutura, assuntos centrais na cooperação bilateral.

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