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Brasília – A dívida do governo em títulos subiu mais de R$ 100 bilhões no ano passado. Devido a novas emissões e ao impacto dos juros sobre o estoque de papéis, ela passou de R$ 979,66 bilhões em 2005 para R$ 1,093 trilhão no ano passado, um crescimento de 11,6% ou R$ 113,840 bilhões.

Apesar da elevação, esse valor ficou abaixo do previsto pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que planejava que a dívida fosse ficar entre R$ 1,13 trilhão e R$ 1,20 trilhão.

A elevação em dezembro foi de 1,1% e ocorreu por conta da apropriação de juros. Em novembro, a dívida era de R$ 1,081 trilhão. No mês passado, o resgate líquido – resgates efetuados acima das emissões – foi de apenas R$ 83 milhões, segundo nota conjunta do Tesouro Nacional e do Banco Central.

Não foi apenas o estoque que ficou abaixo dos limites do PAF. A dívida atrelada à taxa Selic, chamada de pós-fixada, fechou 2006 abaixo do plano traçado pelo Tesouro. Em dezembro, ela caiu para 37,83%, contra 38,92% no mês anterior e 51,77% em dezembro de 2005.

O PAF não leva em conta as operações de "swap" – o governo paga juros e, em troca, recebe a variação do dólar. Com elas, a dívida pós-fixada encerrou o ano com uma participação de 40,23% no estoque da dívida. Em novembro, era de 41,38% e, em 2005, de 53,3%. Quanto menor a dívida pós-fixada, melhor para o governo, que terá mais previsibilidade para fazer os pagamentos.

Já a dívida prefixada subiu para 36,13%, ante 35,16% no mês anterior. Os limites no PAF ficam entre 28% a 37%. No final de 2005, esses títulos representavam 27,86% do total.

Os prefixados são melhores para a administração da dívida pública, já que o governo sabe com antecedência o quanto irá pagar por eles.

A dívida pública interna e externa do governo federal terminará o ano entre R$ 1,37 trilhão e R$ 1,45 trilhão, aumento de até R$ 213 bilhões em relação a dezembro de 2006. O Plano Anual de Financiamento, anunciado ontem pelo secretário do Tesouro, Tarcísio Godoy, prevê também um aumento no prazo das emissões em reais no mercado internacional para 20 anos em 2007.

"A novidade neste ano é o título em real de mais longo prazo. No mercado interno, seguimos a estratégia de aumentar o prazo da dívida pública e elevar a participação dos títulos prefixados’’, explicou Godoy.

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