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Brasília – O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, informou nesta ontem que terá, ainda nesta semana, uma nova reunião com autoridades paraguaias. Segundo ele, o encontro tentará resolver o impasse em torno do pedido do Paraguai para que sejam alterados termos do acordo de Itaipu, referentes à dívida que o país vizinho tem desde a construção da hidrelétrica, há 32 anos.

A insatisfação do governo vizinho, segundo o presidente de Itaipu, Jorge Samek, tem por base a valorização do real frente ao dólar nos últimos anos. A moeda usada para o pagamento da energia comprada pelo Brasil (e também para custear juros, dívidas e royalties) é o dólar – que agora está na casa dos R$ 2,20. Como o Paraguai só utiliza 5% de sua metade de energia gerada pela usina, os outros 45% são vendidos ao Brasil.

"Nós avançamos bastante, mas não chegamos a uma conclusão, ainda", disse Rondeau, referindo-se a uma reunião mantida na última sexta-feira, em Foz do Iguaçu, por ele e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, com os ministros da Fazenda e de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai, respectivamente Ernst Bergen e Panfilo Benitez.

Rondeau afirmou que o principal desejo do governo paraguaio é fazer com que a usina gere recursos adicionais para um fundo de desenvolvimento social no país vizinho. O presidente Samek já adiantou que alterar o acordo de Itaipu está fora de questão. Como o Brasil resiste a desindexar os juros da dívida da usina da inflação norte-americana, como querem os paraguaios, o lado brasileiro apresentou algumas alternativas de compensação às autoridades paraguaias.

Uma delas seria incluir este fundo de desenvolvimento social nos custos de serviço na contabilidade da usina, o que garantiria cerca de US$ 20 milhões por ano para esse propósito.

O governo brasileiro assegurou, também, que, em caso de necessidade de energia em horários de pico do Paraguai, o país vizinho receberia energia excedente das duas novas turbinas que estão sendo instaladas na hidrelétrica binacional.

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