O dólar fechou em leve queda ante o real após mais um pregão marcado por baixo volume, com investidores embolsando lucros da sessão anterior, quando a divisa norte-americana avançou para o maior nível no fechamento em mais de quatro anos e acima de R$ 2,30. A moeda norte-americana recuou 0,20%, para R$ 2,2990 reais na venda, após tocar R$ 2,3087 reais na máxima do dia e R$ 2,2880 na mínima. Na véspera, o dólar subiu 0,68%, a R$ 2,3035.
"Temos visto um mercado em que qualquer fator, qualquer especulação, gera movimento (na cotação)", disse o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold.
Desde que o Federal Reserve, banco central norte-americano, sinalizou em maio que pode reduzir seu programa de estímulo, houve forte valorização do dólar e o volume nos mercados de câmbio têm sido menores. Nesta sessão, o giro financeiro ficou em torno de 2 bilhões de dólares, segundo dados da BM&F.
Ao reduzir seu programa de compra de ativos, que hoje está em 85 bilhões de dólares ao mês, o Fed também acabará afetando a liquidez internacional, diminuindo a oferta de dólares.
Segundo analistas, especialmente à tarde, o volume das operações ficou ainda menor, ampliando o impacto das operações de realização de lucro. "O pessoal está realizando um pouco de lucro no (mercado) futuro", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.
No mercado futuro, que tem impacto nas negociações à vista, o contrato de dólar com entrega para setembro de 2013, um dos mais negociados da sessão, registrava queda de 0,41 por cento, a 2,310 reais às 17h23. Economistas ressaltavam, entretanto, que a tendência no médio prazo ainda é de fortalecimento da divisa dos Estados Unidos, diante das incertezas sobre os próximos passos do Fed e a insegurança em relação à economia doméstica.
"É inevitável que o Fed inicie neste ano a redução do programa de compra de títulos e, portanto, isso deve favorecer a valorização do dólar. Além disso, a economia brasileira também não está num momento bom, está tendo dificuldades para ganhar força", afirmou o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno.
Com a atividade doméstica sem conseguir se recuperar melhor, os investidores estrangeiros tendem a buscar novas alternativas de aplicações e, muitas vezes, fora do país, retirando dólares no mercado.
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