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O dólar anulou a queda vista na maior parte da sessão e fechou em leve alta nesta sexta-feira (15), mas ainda abaixo dos R$ 3 pela segunda sessão consecutiva. A cotação veio após mais uma rodada de indicadores econômicos fracos dos Estados Unidos dar força à percepção de que o Federal Reserve deve demorar para elevar os juros na maior economia do mundo.

A moeda norte-americana teve alta de 0,18%, a R$ 2,9981 na venda, após oscilar entre R$ 3,0155 na máxima e R$ 2,9705 na mínima da sessão. Na semana, o dólar subiu 0,49%. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,1 bilhão.

A moeda norte-americana passou a maior parte da sessão em queda, influenciada pelos dados econômicos dos Estados Unidos. No fim da sessão, no entanto, investidores aproveitaram a baixa e voltaram às compras.

“O mercado ainda está muito ressabiado com o patamar de R$ 3. Na última vez que o dólar ficou abaixo de R$ 3 o BC diminuiu a rolagem dos contratos de swap, então muita gente aproveitou a queda e voltou a comprar no fim da tarde”, disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Dados dos EUA

A produção industrial norte-americana caiu em abril pelo quinto mês consecutivo, enquanto a confiança do consumidor inesperadamente recuou no período. Os dados somam-se a uma série de números decepcionantes sobre atividade e inflação nos EUA divulgados nas últimas sessões.

Fraqueza persistente na economia norte-americana poderia levar o Federal Reserve a adiar o início do aperto monetário, mantendo a atratividade de ativos de países como o Brasil. “Está cada vez mais difícil acreditar que a economia dos Estados Unidos está com a bola toda”, disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

O economista da empresa de análise financeira 4Cast Pedro Tuesta acredita que a trajetória do dólar no mercado brasileiro dependerá dos dados norte-americanos da semana que vem. No entanto, operadores olhavam com ceticismo a possibilidade de o dólar assentar-se abaixo de R$ 3.

Swaps

A percepção é de que cotações abaixo desse patamar poderiam abrir espaço para o Banco Central reduzir sua posição em swaps cambiais.

“Esse fluxo positivo, se persistir por mais algum tempo, pode levar o BC a aproveitar a oportunidade e reduzir ainda mais a rolagem de swap cambial”, escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes. “Essa atitude poderá ser interpretada como tentativa do BC de manter o câmbio acima de R$ 3”.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a US$ 3,938 bilhões, ou cerca de 41% do lote total, que corresponde a US$ 9,656 bilhões.

Ações da Copel sobem 3,8% após divulgação de balanço

O principal índice da Bovespa subiu quase 1% nesta sexta-feira (15), apoiada no setor financeiro e nos papéis da Petrobras, com o mercado na expectativa pelo balanço trimestral da petroleira após o encerramento do pregão.

O Ibovespa fechou em alta de 1,04%, a 57.248 pontos, e com ganho semanal de 0,17%. Neste pregão, o giro financeiro foi de R$ 6,34 bilhões.

Operadores apontaram que a antecipação de investidores ao vencimento de opções sobre ações na segunda-feira contribuiu para fazer a Petrobras inverter perdas registradas pela manhã e fechar em alta, além da expectativa pelo balanço.As ações preferenciais da estatal fecharam em alta de 1,2% e as ordinárias ganharam 1,6%.

Entre outros destaques da sessão estão as ações da Copel, que subiram 3,8% após a companhia paranaense divulgar que teve queda de 19% do lucro na comparação anual e recuo de 2,8% do Ebitda. Analistas do Citi afirmaram que tanto o lucro quanto o Ebitda ficaram acima da estimativa média do mercado, embora o Ebitda tenha vindo em linha com suas próprias previsões.

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