A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra instabilidade nesta quinta-feira, dividida entre o bom humor e a realização de lucros. Às 12h15, o Índice Bovespa tinha 39.239 pontos, com alta de 0,16%. Minutos antes, o índice chegou a cair até 0,36%. Já o dólar à vista mantém a tendência de baixa e recuava 0,24% no mesmo horário, cotado a R$ 2,109 na compra e R$ 2,111 na venda.
Operando nas suas máximas históricas, a Bovespa tenta resistir à queda das bolsas americanas, que seriam um bom pretexto para uma realização de lucros. Mas os investidores ainda se mostram animados com a melhora da classificação de risco do país e a expectativa de queda de juros no país.
Petrobras PN, principal ação do Índice Bovespa, opera em alta de 0,59%. Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores altas são de CRT Celular PNA (+3,04%) e Tele Centro Oeste PN (+2,81%). As quedas mais significativas do índice são de Tim Participações PN e Sadia PN, que recuam 2,54%.
O mercado financeiro se mantém otimista com a decisão da Standard & Poor's de elevar a classificação de risco do país, anunciada na terça-feira de carnaval. Todos os ativos nacionais reagiram rapidamente à notícia, mesmo em uma quarta-feira de cinzas de negócios reduzidos. Para sustentar a alta, no entanto, a Bovespa precisará de um restabelecimento do fluxo de recursos externos, que ficou negativo em fevereiro.
A boa notícia da manhã é o saldo da balança comercial de fevereiro, que teve superávit de US$ 2,822 bilhões. O resultado da quarta semana do mês foi fundamental para o saldo final. Somente na quarta semana, o superávit foi de US$ 1,217 bilhão. O valor superou os US$ 579 milhões da terceira semana, os US$ 881 milhões da segunda, e os US$ 145 milhões da primeira.
Em meio à entrada de dólares no país, a cotação da moeda americana deve continuar a ceder indefinidamente. O Banco Central realiza no início da tarde mais um leilão de contratos de swap reverso, o que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro. A operação deve apenas amenizar a queda da cotação, que tem seu menor valor desde março de 2001. O risco-país nacional continua a rondar as mínimas históricas, marcando 214 pontos centesimais.
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