O dólar estacionou perto da cotação de 1,69 real nesta sexta-feira, com a queda do euro no mercado externo segurando a taxa de câmbio no Brasil.
A principal novidade do dia foi a realização de apenas um leilão de compra de dólares pelo Banco Central, diferentemente dos últimos quatro dias, quando houve duas operações em cada.
A moeda norte-americana fechou com variação negativa de 0,12%, a 1,686 real. Na semana, após três dias seguidos de alta entre terça e quinta-feira, o dólar registrou valorização acumulada de 1,2%.
O dólar caiu na maior parte do dia, em um refluxo da alta provocada na véspera pela criação pelo Banco Central de um depósito compulsório para as posições vendidas dos bancos.
Mais tarde, no entanto, a valorização do dólar no exterior amenizou esse efeito. A moeda reagiu à queda maior que a esperada na taxa de desemprego dos Estados Unidos, que indicou, apesar do maior desalento entre os trabalhadores, que a recuperação do país continua em curso.
O euro, afetado pela preocupação com a emissão de títulos de dívida na próxima semana por países como Portugal, Espanha e Itália, era uma das moedas que mais sofria, com queda de 0,6%, para o menor nível em quatro meses.
No Brasil, o comportamento do FRA (forward rate agreement) de cupom cambial indicou que o primeiro impacto da nova medida do BC já passou. O contrato com vencimento mais curto, que havia disparado em meio ao desmonte de posições na quinta-feira, caía de 2,52% a 2,30% nesta sessão.
Mas, para Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, o mercado deve continuar a ver o desmonte de posições vendidas no mercado à vista por parte dos bancos ao longo das próximas semanas.
Um efeito desse desmonte, já previsto por analistas na véspera, era a diminuição das compras de dólares pelo BC.
O operador de um banco em São Paulo, que preferiu não ser identificado, estimou em 300 milhões de dólares as compras na quinta-feira.
Na opinião do banco francês BNP Paribas, a possibilidade novas medidas do governo para frear a valorização do real torna mais atraente a adoção de posições compradas em dólar, apostando na alta da moeda norte-americana. O analista Diego Donadio, inclusive, revisou a projeção de curto prazo para a taxa de câmbio de 1,70 para 1,72 real.
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