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O dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira (20), interrompendo cinco sessões de alta consecutivas, com correções técnicas e o mercado testando os patamares de atuação do Banco Central, segundo operadores. Na semana, no entanto, a moeda norte-americana registrou alta de mais de 1,5%, justamente pela forte presença da autoridade monetária.

Nesta sessão, o BC realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista, após ficar de fora do mercado na véspera, quando a moeda chegou próxima ao patamar de R$ 1,90. Desde quinta-feira da semana passada, no entanto, a autoridade monetária vinha fazendo dois leilões no mercado à vista por sessão.

A divisa fechou em queda de 0,64% ante o real nesta sexta-feira, cotada a R$ 1,8695 na venda, oscilando entre R$ 1,8620 e R$ 1,8877. Na semana, porém, com essa forte atuação do BC ao longo dos dias, a moeda registrou valorização de 1,6%.

"Ontem o dólar subiu sozinho e BC decidiu não atuar. Já hoje, como a moeda já estava caindo, acho que ele tentou impedir uma queda maior e fez um leilão", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Trabbold.

Com essa parada de leilões na véspera, Trabbold acredita que nesta sexta-feira o mercado ficou testando patamares mais baixos do dólar, para tentar descobrir com qual cotação o BC interviria. Tanto que o dólar chegou a cair mais de 1%ante o real durante a tarde.

"O mercado fica procurando essa informação e quando (o dólar) estava em torno de R$ 1,87, ele fez um leilão. Pode ser que o mercado comece a achar que é em torno de R$ 1,87", disse.

O operador ainda citou que é normal que a moeda tivesse um dia de correção, caindo depois de várias altas seguidas.

Outro operador, que prefere não ser identificado, concorda e acredita que o BC também pode ter visto um fluxo de entrada de dólares no país e entrou no mercado para evitar valorizações.

"A moeda continua sendo afetada por essa atuação do BC, vamos ver nos próximos dias se ele vai atuar novamente em R$ 1,87. Ele pode ter vista algum fluxo também.", afirmou.

Para o operador, o mercado pode entender ainda que o BC não deseja a moeda próxima de R$ 1,90, mas não quer que fique muito abaixo de R$ 1,87.

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