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| Foto: Ivan Bueno/Divulgação

Depois de um processo que levou quatro anos, está prestes a começar a dragagem de aprofundamento no Canal da Galheta, no Porto de Paranaguá. Em visita a Curitiba nesta semana, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, anunciou que a ordem de serviço para o início da operação será assinada em solenidade no dia 2 de fevereiro. A draga que irá realizar o trabalho já está em Paranaguá. Há 20 anos que o porto não passava por dragagens de aprofundamento – foram feitas três, de manutenção, entre os anos de 2012 e 2016.

O diretor-presidente do Porto, Luiz Henrique Dividino, comenta que, em 2012, depois de conseguir a licença prévia dos órgãos ambientais, começou a busca pelos recursos para realizar a dragagem. Depois de um longo processo burocrático, o Ministério dos Transportes concordou em financiar o projeto, orçado em R$ 394 milhões. Faltava então a complementação da licença ambiental, que foi concedida pelo Ibama no fim de dezembro.

Em momentos mais críticos, o porto chegou a ficar com 11 metros e meio de profundidade. As dragagens de manutenção amenizaram as complicações, mas a administração portuária continuava buscando a dragagem de aprofundamento, para passar dos atuais 14 metros de calado para 16 metros – possibilitando o acesso de navios maiores ou mais carregados. A previsão é de que a dragagem demore onze meses, mas o tempo de trabalho varia muito de acordo com as condições climáticas.

Segundo Dividino, o aumento do calado vai melhorar a segurança de navegação, vai permitir que navios de grande porte atraquem a qualquer hora do dia (e não apenas na maré alta) e irá aumentar a produtividade, já que algumas embarcações poderão chegar com 1,2 mil contêineres a mais. “Com tudo isso, ganhamos escala e nos encaminhamos para ser um porto concentrador de cargas”, comenta.

De acordo com informações do porto, serão dragados 14,2 milhões de metros cúbicos de areia, quantidade suficiente para encher 15 estádios de futebol como o Maracanã. Entre as condicionantes ambientais estão a exigência de programas que já estão em andamento como a gestão ambiental das atividades da dragagem, comunicação social, monitoramento da biota aquática, da qualidade das águas, arqueologia submarina e compensação da atividade pesqueira, por exemplo.

Após a conclusão da obra, o terminal será capaz de receber mais 10 mil toneladas de carga por navio. Isso significa um acréscimo aproximado de 315 mil toneladas por mês na movimentação de mercadorias, sem necessidade de aumento do cais existente. Atualmente, Paranaguá recebe 30 navios por dia de, no máximo, 12,60 metros de calado.

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