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Cofundadores do Ebanx
Alphonse Voigt (CEO), João Del Valle (COO) e Wagner Ruiz (CFO), os cofundadores do Ebanx; fintech ultrapassou US$ 1 bilhão em valor de mercado e entra para o “clube dos unicórnios”| Foto: Divulgação

O Brasil tem uma nova startup que ultrapassou a cifra de US$ 1 bilhão em valor de mercado e entra para o clube dos unicórnios. O Ebanx recebeu novo aporte do grupo norte-americano FTV Capital (de valor não revelado) e passa a integrar a seleta relação, que conta também com os tupiniquins Loggi, 99, iFood, Movile, Nubank, Gympass, Stone e Arco.

Fundada em 2012 em Curitiba, a fintech já surgiu com pegada global, permitindo que a cobrança por serviços ou produtos estrangeiros fosse realizada em moeda local e com o uso de métodos de pagamento usuais do país do comprador. Se você já pagou pela locação de imóveis via Airbnb, assina o Spotify ou fez compras no AliExpress, por exemplo, pode não saber, mas usou os serviços de pagamento transfronteiriço do Ebanx, empregados por empresas globais (como as citadas) para conseguir alcançar o público brasileiro sem precisar - primeiro - desvendar os mistérios do boleto.

Desde então, o Ebanx estendeu seus tentáculos, desembarcou em mais 7 países da América Latina, ultrapassou os 50 milhões de consumidores atendidos e deve alcançar a marca de US$ 2,1 bilhões em pagamentos processados até o final de 2019. Os números são resultado de força total na expansão geográfica, aplicada pelo Ebanx a partir de 2018, quando recebeu o primeiro investimento do mesmo FTV e depois do qual a empresa cresceu 80%

Segundo André Boaventura, sócio e chief marketing officer (CMO) da fintech, a rota traçada daqui para adiante é por ganhar escala, num planejamento que dá continuidade aos alicerces lançados em anos anteriores. "O Ebanx agora tem uma clareza maior de missão: até 2022 queremos ser o líder de pagamentos na América Latina para empresas globais, e aí a gente não está falando só de modo cross border, é qualquer modelo", revela.

Foco na vizinhança

A conquista da América Latina é objetivo conhecido da companhia, mas a ambição avançou para além do core business da startup a partir de um movimento feito "para dentro" em 2019, com a entrada do Ebanx no processamento de pagamentos locais. O CMO afirma que os investimentos anunciados servirão para expandir o Ebanx Pay dentro das fronteiras brasileiras, mas que a solução será levada para ao menos um país em 2020.

 André Boaventura, sócio e<em> chief marketing officer</em> (CMO) da fintech
André Boaventura, sócio e chief marketing officer (CMO) da fintech| FRANZEN

A opção é pela Colômbia, considerada "um mercado bem parecido com o que foi o Brasil há 7, 8 anos. É um mercado que está passando por uma transição entre poucas empresas dominando o mercado de pagamento para uma abertura a novos players", acredita Boaventura. Outra característica que pesou na escolha é o potencial de crescimento do e-commerce local, maior do que o dos mercados brasileiro ou mexicano, conforme as avaliações do Ebanx.

Novos destinos?

A Colômbia será o primeiro a receber as soluções de pagamento local, mas os esforços para consolidar presença se estendem para os demais países em que o Ebanx atua: México, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Argentina e o próprio. Além deles, "é bem possível que abra outros países a partir de agora", admite o CMO.

Sobre avançar para mercados fora de território latino, André Boaventura avalia que "nesses 18, 20 meses o que a gente viu foi a América Latina crescer numa velocidade muito grande. É uma aposta e está se validando", sinaliza, ao revelar taxas de 126% de crescimento do mercado e perspectivas para que volte a dobrar de tamanho no ano que vem.

Apesar de não pensar em pisar fora do continente, o Ebanx deve levar mais escritórios para perto dos parceiros (atuais e futuros). "Nunca foi tão claro que 2020 e 2021 vão ser anos de explosão da perspectiva de clientes globais olhando para América Latina", sinaliza o CMO e emenda que "o ano que vem deve ter grandes anúncios, então faz parte estar cada vez mais perto para dar um atendimento cada vez mais local para os clientes que estão vindo para América Latina".

Com time de vendas presente na Ásia, Europa e América do Norte, agora será a vez de o Ebanx abrir posições de marketing e suporte longe de casa: nos EUA e na China, respectivamente.

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