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Oferta de usados sobe em fevereiro

Dados do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), órgão de pesquisa do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), apontam para um aumento de 61% na oferta de imóveis usados à venda em Curitiba em fevereiro, revertendo uma tendência de queda verificada desde dezembro. O número de unidades disponíveis passou de 2.079 para 3.347.

Mesmo com o aumento na oferta, o preço médio do metro quadrado dos imóveis residenciais usados registrou ligeira inflação de janeiro para fevereiro, passando de R$ 1.471,04 para R$ 1.496,08; uma valorização de 1,7%. A maior alta no segmento foi nos apartamentos de um dormitório, com alta de 4,54%. A única retração foi no preço de casas com quatro quartos, com desvalorização de 0,18%. No segmento de locação, houve variação de 1,55% no preço médio do metro quadrado. No mesmo período, o Índice de Locação Sobre Oferta (LSO) de imóveis residenciais registrou elevação, passando de 20,6% para 29,8%.

O programa "Minha Casa, Minha Vida" vai demorar para começar a provocar efeitos econômicos na prática. "Quando ele começar de fato, espera-se que o pior da crise já tenha passado", diz o economista da Gávea Investimentos, Armando Castelar, que é favorável ao programa do ponto de vista social, mas não como política para combater a crise.

Para o economista-chefe da Opus Gestão de Recursos e professor da PUC-RJ José Márcio Camargo o pacote habitacional "é um equívoco". Ele argumenta que o programa torna a economia menos eficiente ao beneficiar algumas pessoas e outras não. "Reduzir impostos sobre folha salarial teria um efeito muito melhor para todo mundo, empresas e trabalhadores", disse.

O economista Marcelo Nonnenberg, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), concorda. "Com o mesmo volume de recursos é possível tomar atitudes mais eficientes para ativar a economia, como a redução de impostos, como o IPI, para gerar emprego ou até o aumento do Bolsa Família".

"Para reativar a economia, é melhor aumentar o déficit público dessa forma ou usar a política monetária?", questiona Nonnenberg. "Acho que o mais importante na crise é deixar o espaço para o Banco Central baixar os juros", afirma Castelar.

O economista Alcides Leite, professor da Trevisan Escola de Negócios, ressalta, porém, que o setor da construção é intensivo em mão-de-obra e tem um efeito multiplicador alto, ou seja, uma cadeia produtiva que envolve vários setores. "Deve ter influência no PIB sim, sobretudo no ano que vem, no auge das obras. O que mais me preocupa é a parte física, onde e como as casas serão construídas."

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