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Enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo mergulhava no vermelho no início do pregão e, depois de algum tempo interrompia o movimento ao registrar queda de 10%, o Banco Central anunciou mais um leilão de venda direta de dólares das reservas internacionais brasileiras. O BC vendeu dólares à taxa de R$ 2,27.

A tensão no mercado doméstico já era esperada antes mesmo da abertura dos negócios, uma vez que as bolsas de valores ao redor do mundo registraram fortes recuos antes do início das negociações no Brasil. O índice Nikkei, da bolsa de Toquio (Japão), por exemplo, recuou expressivos 9,6%. As bolsas da Alemanha, da França e da Inglaterra, por sua vez, caem mais de 8% nesta sexta-feira.

Sem limites

O BC informou ainda nesta sexta-feira (10) que, por conta de dúvidas existentes no mercado, que não há limite para sua atuação nos mercados cambiais. "O compromisso do Banco Central é com o bom funcionamento dos mercados", informou a autoridade monetária.

Este é o terceiro dia consecutivo que a autoridade monetária queima divisas das reservas cambiais brasileiras para tentar conter a escalada da moeda norte-americana, que iniciou o dia cotada a R$ 2,17, mas, com o forte nervosismo dos mercados, avançava mais de 5%, acima de R$ 2,30.

A venda direta de dólares por parte do Banco Central é um tipo de operação que foi retomada na quarta-feira (8), e que não era realizada desde fevereiro de 2003, no início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Atuações dos últimos dias

Na quarta-feira (8), as estimativas são de que o BC tenha vendido, pelo menos, US$ 1,5 bilhão em dólares das reservas cambiais. Já na quinta-feira (9), por sua vez, houve outro leilão de moeda norte-americana, à taxa de R$ 2,17 e estima-se que a autoridade monetária tenha colocado de US$ 350 milhões a US$ 400 milhões no mercado. Já nesta sexta-feira, o BC vendeu divisas à taxa de R$ 2,27, mas o montante não foi informado.

O Banco Central tem por costume não informar qual o valor de venda de dólares das reservas internacionais, que na última terça-feira (7), ainda permaneciam acima de US$ 208 bilhões. Segundo o BC, essa "sistemática", de não informar, oficialmente, os valores das operações, "sempre prevaleceu".

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