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Esta foi a primeira derrota da Embraer depois da parceria Airbus-Bombardier | Norbert Millauer/AFP
Esta foi a primeira derrota da Embraer depois da parceria Airbus-Bombardier| Foto: Norbert Millauer/AFP

Na primeira derrota para a Embraer depois da parceria Airbus-Bombardier, a companhia americana JetBlue anunciou uma encomenda de 60 aviões A220-300, como é chamado agora o CS300, principal rival dos aviões da fabricante brasileira. Segundo a aérea americana, pesou na decisão o custo menor de operação dos A220 em relação aos novos jatos E2 da Embraer

A low-cost americana tem perfil similar ao da brasileira Azul. Ambas têm o mesmo fundador, David Neeleman, e são importantes operadoras das aeronaves da Embraer. Atualmente, a frota da JetBlue conta com 60 jatos E190 (da Embraer), além de 129 A320 e 56 A321, ambos da Airbus. Os E190 foram fundamentais para a expansão da empresa, que iniciou operações em 2000. A compra dos 60 aviões será feita para atualizar a frota de E190 da JetBlue.

Também pesou na escolha a capacidade dos aviões. Enquanto o E2 leva entre 97 e 114 passageiros, os A220 vão de 130 a 160. O avião da Airbus também voa mais longe, com autonomia de 5.920 km ante 5.278 km do E190-E2.

“A oferta de E2 da Embraer para a JetBlue foi competitiva e acreditamos que seria uma ótima opção para redução do custo por assento e, ao mesmo tempo, aumento da receita. É claro que estamos desapontados com o resultado da competição. Mas os baixos custos operacionais e a flexibilidade de operação do E2 são uma combinação vencedora para grande parte das campanhas nos próximos meses, anos e décadas”, afirmou a Embraer, em nota.

Com a ida dos jatos C-Series para a Airbus e a integração deles ao portfólio da fabricante europeia, a JetBlue vê a encomenda como um complemento à frota de Airbus que ela já opera.

Parceria com a Boeing

Foi para reagir a esse tipo de situação que Boeing e Embraer se aproximaram no fim de 2017, resultando na aquisição pela americana de 80% do programa de aviões comerciais da brasileira que terá os 20% restantes.

Resta saber como se dará a integração da família de aviões E2 no catálogo da Boeing.

Não é a primeira vez que a fabricante americana se alia a uma antiga rival. Em 1997, a Boeing se fundiu com a McDonnell Douglas, também dos Estados Unidos. O avião MD-95 passou então a ser vendido como Boeing 717, seguindo o padrão da Boeing em nomear suas aeronaves com um número de três algarismos, começando e terminando em 7.

De acordo com a Embraer, os aviões da nova família E2 têm 280 pedidos firmes. A low-cost norueguesa Wideroe foi a primeira a receber um E2, o intermediário E190, em abril deste ano. O E195 deve estrear com as cores da Azul em 2019. Em 2021, é a vez do E175 entrar em operação pela americana Skywest.

Em maio, a empresa brasileira anunciou um contrato para vender 15 jatos do modelo E175 para a American Airlines por US$ 705 milhões.

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