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Diogo Myrrha é brasileiro e sócio da venture capital norte-americana Peak Ventures.  |
Diogo Myrrha é brasileiro e sócio da venture capital norte-americana Peak Ventures. | Foto:

Em algum momento, boa parte das startups saem em busca de uma rodada de investimentos de venture capital. Seja para crescer ainda mais ou para aprimorar seu negócio, eles são importantes. A convite da Brainvest Wealth Management, o sócio da venture capital norte-americana Peak Ventures, Diogo Myrrha, veio ao Brasil na última semana e falou sobre o que busca nas startups, como elas podem aumentar suas chances de receber investimento e quais as projeções do mercado.

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Antes de tudo, ele afirmou que, mais do que investir em negócios, o papel de uma venture capital é investir “em pessoas”. “O processo envolve conhecer muito o empreendedor, eu perco de 70% a 80% do meu tempo conhecendo-o. Procuro conhece-los em uma linha mais pessoal para ter mais segurança”, disse. Depois isso, o que os investidores buscam fazer é uma análise “do ponto de vista legal e financeiro”, para garantir que o negócio pode cumprir o que promete. Para chegar ao ponto de conhecer o empreendedor, entretanto, a startups devem ser de áreas em que possui mais interesse e que, segundo ele, são também as que criarão maior impacto na sociedade.

Drones, bancos de dados, tecnologias em agronegócio e avanços em cidades inteligentes estão entre elas. “Nosso foco continua sendo em empresas de software on services, dentro do mercado de tecnologia. Mas sabemos que esses demais setores serão revolucionados nos próximos anos”, explicou.

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Entretanto, mesmo que o empreendedor tenha um negócio disruptivo, de acordo com Diogo é possível que ele “erre” em algum momento e prejudique sua trajetória: “eu procuro tratar todo o empreendedor como um herói — ele largou uma vida confortável para correr atrás de seu sonho, e esse sonho tem que ter alguma coisa válida. Só que, se ele não consegue nos comunicar sua visão, nós não conseguimos investir”, explicou. Por isso, é importante que os donos de startups sejam “sinceros e diretos” para que o negócio seja explicado da melhor forma possível.

Além de tal erro comum, os empreendedores possuem, no geral, um padrão de comportamento, aos olhos de Diogo: os mais recentes com quem conversou têm experiência na área em que atuam, o que faz com que ele cometa menos erros, e trabalham incansavelmente, cerca de 12 horas a 14 horas por dia. “Eles alcançam o sucesso a qualquer custo”, disse.

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O mercado de startups nos EUA

Diogo afirma que, pela distância, é difícil afirmar como anda o mercado brasileiro de startups, mas, ainda assim, afirma que é necessário “ter maior confiança” para que o mercado amadureça. Já no caso do mercado norte-americano, que é o foco da Peak Ventures, ele afirma que se tem um novo polo de “nascimento” das startups: o estado de Utah. “O estado tem uma grande concentração de unicórnios, nós temos visto um ‘barulho’ nessa região. É um mercado secundário que não se ouve falar muito, mas que tem apresentado crescimento”, disse.

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