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Alvaro e Danielly eram donos de uma clínica de estética, antes de abrir a BCMED | BCMEDDivulgação
Alvaro e Danielly eram donos de uma clínica de estética, antes de abrir a BCMED| Foto: BCMEDDivulgação

No auge da crise econômica, a BCMED turbinou seu faturamento. A empresa, que fica em Foz do Iguaçu, cresceu 423%, em três anos. E passou dos R$ 5 milhões de faturamento. Para este ano, a previsão é superar este número com folga, vendendo equipamentos de estética e saúde.

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O crescimento agressivo rendeu à BCMED o título de PME que mais cresceu durante a crise, no Paraná. A empresa ficou em 6.º no ranking nacional, produzido e divulgado pela Deloitte. A lista leva em conta a trajetória das empresas entre 2014 e 2016. 

VEJA O RANKING DAS PMES QUE MAIS CRESCERAM NO PR

A BCMED não precisou se ajustar à crise. Criada em 2011, a empresa entrou na crise em plena etapa de crescimento. Em 2014, era apenas um funcionário, além dos dois fundadores, Alvaro e Danielly Almeida. Mesmo assim, neste primeiro ano de crise, o faturamento bateu na casa de R$ 973 mil. 

Para este ano, a previsão é chegar a R$ 20 milhões. É 240% a mais do que em 2016.

"Obviamente que um crescimento deste tamanho não estava previsto. Mas sempre fomos muito ambiciosos no planejamento", conta Alvaro Almeida.

Desde o início, a empresa apostou em uma estratégia digital, o que ajudou muito na captação de clientes. 

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Outro segredo é a fidelização. Os clientes da BCMED são clínicas e profissionais de estética, fisioterapia, dermatologia, saúde e beleza. O time de vendedores da empresa (que compra os equipamentos no atacado e revende para os profissionais) inclui nutricionistas, fisioterapeutas e vendedores gabaritados. 

O segredo de quem cresceu

Atrás da BCMED, a paranaense mais bem colocada foi a rede de restaurantes Madero. Outras onze empresas do Paraná integram a lista (confira no final da matéria). Mas, afinal, o que estas PMEs fizeram para crescer em meio à maior recessão da história do país

Um ponto chave é a inovação. A pesquisa da Deloitte identificou que 70% das empresas que mais cresceram durante a crise têm departamentos dedicados à inovação, ainda que parcialmente. 

Entre as que não cresceram tanto, o "engajamento em inovação" foi significativamente menor. Menos de dois terços investem em tecnologia de forma constante. E 56% formam profissionais capacitados para uma diversidade de desafios. Entre as Top 100, essa taxa sobe para 68%. 

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Na BCMED, cuja equipe tem somente 20 pessoas, a retenção de talentos é uma prioridade. A empresa não tem um departamento específico para inovação, mas tem "mentalidade de startup". "A gente costuma brincar que um dado de ontem já é um dado antigo", comenta Alvaro. Os processos são revistos de forma diária. Muito graças ao setor de tecnologia da informação, que alimenta a empresa com dados que guiam as ações cotidianas. 

Outro segredo é o investimento. Assim como as demais empresas, as PMEs que cresceram também cortaram custos, durante a crise. Mas as top 100 não pararam de investir. Elas apenas alocaram seus recursos de forma mais criteriosa.

As PMEs de maior crescimento ampliaram investimentos em áreas importantes, como softwares e máquinas de equipamentos. E 90% delas lançaram novos produtos e serviços em 2016. "Refletindo um esforço dessas organizações de se reposicionar em um mercado volátil", resume a Deloitte.

As PMEs que mais cresceram no Paraná, durante a crise

Confira a lista com as empresas paranaenses que mais cresceram durante a crise, entre as PMEs, segundo o ranking da Deloitte:

1.º – BCMED

Segmento: Comércio

Posição no ranking nacional: 6.º

2.º – Restaurante Madero

Segmento: Agronegócio, alimentos e bebidas

Posição no ranking nacional: 19.º

3.º – Cebrac

Segmento: Educação

Posição no ranking nacional: 40.º

4.º – Dexter Latina

Segmento: Indústria Química

Posição no ranking nacional: 41.º

5.º – Veltec Soluções tecnológicas

Segmento: Serviços de tecnologia da informação

Posição no ranking nacional: 46.º

6.º – Construtora e Incorporadora Pride

Segmento: Construção e serviços de construção

Posição no ranking nacional: 51.º

7.º – Pro Solus

Segmento: Agronegócio, alimentos e bebidas

Posição no ranking nacional: 52.º

8.º – Stival Alimentos

Segmento: Agronegócio, alimentos e bebidas

Posição no ranking nacional: 56.º

9.º – TRC Taborda

Segmento: Serviços prestados às empresas

Posição no ranking nacional: 57.º

10.º – Horus Solutions

Segmento: Serviços prestados às empresas

Posição no ranking nacional: 63.º

11.º – Premier IT Global Services

Segmento: Serviços de tecnologia da informação

Posição no ranking nacional: 68.º

12.º – Alcast do Brasil (Panelux)

Segmento: Metalurgia e siderurgia

Posição no ranking nacional: 73.º

12.º – Rocha Terminais Portuários

Segmento: Serviços de transporte e logística

Posição no ranking nacional: 100.º

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