De olho no potencial do mercado fitness no Brasil, os sócios Ronaldo Ferreira e Bernardo Cavalcanti decidiram há dez anos começar a importar acessórios para vender no país. Desde então, o portfólio da dupla – e a própria trajetória dos empresários – evoluiu em um ritmo de dar inveja aos mais dedicados esportistas: de simples revendedores de bolas de pilates, os dois agora são responsáveis por fornecer equipamentos para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e caminham para faturar R$ 11 milhões neste ano.
Ferreira e Cavalcanti fecharam em 2008 um acordo para representar no Brasil a marca inglesa Ziva, de equipamentos funcionais e pesos-livres. A parceria foi adiante e criou raiz em Curitiba, onde está o centro de distribuição da Ziva Brasil, na Cidade Industrial. O foco da empresa, que desde o início mirava no fornecimento de produtos para academias e varejo, está sendo ampliado para atender atletas olímpicos e esportistas de alta performance.
R$ 8 milhões
Foi o faturamento da Ziva Brasil no ano passado. A expectativa é chegar a R$ 20 milhões em 2016, quando a empresa planeja ter 70 revendas no país. Além de apostar na comercialização da nova estação de treinamento, a Ziva pretende ganhar mercado trazendo novas linhas de acessórios com preços mais baixos para academias.
Os primeiros negócios com o Comitê Olímpico Brasileiro começaram em 2009, por meio do fornecimento de equipamentos. A relação próxima com o COB inspirou a criação de uma estação de treinamento funcional que é uma das apostas da Ziva para os próximos anos. Batizada de Infinity, a estrutura foi desenvolvida neste ano para atender à necessidade do comitê no treinamento de atletas, por meio de um ambiente enxuto que simula uma academia de ginástica em apenas 14 metros quadrados – o desenvolvimento da linha consumiu cerca de US$ 300 mil.
Para marcar o lançamento da Infinity, a Ziva está implantando um centro de treinamento em um espaço de 400 metros quadrados ao lado do Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, espaço que vai sediar competições dos Jogos Olímpicos de 2016. “O centro é uma doação da Ziva para o COB. A ideia é deixar um legado e fazer com que os próprios atletas nos ajudem de forma consultiva na criação de novos produtos. Teremos consultores profissionais, pessoas que não estão presas dentro da fábrica”, relata Ferreira, que atua como CEO da Ziva Brasil.
Adaptação
A estação de treinamento funcional também foi adaptada para ganhar outras roupagens, pensando em academias e hotéis – há uma versão de apenas 7 metros quadrados. O ambiente, que conta com acessórios como anilhas, barras olímpicas e bolas medicinais, pode ser personalizado pelo dono do local. O pacote básico sai por cerca de R$ 30 mil.
“Trabalhávamos antes só com acessórios, mas agora trazemos toda uma estrutura, o que traz um outro olhar para a Ziva em todo o mundo. Nós não trabalhamos com máquinas de academias, como esteiras, mas sim com pisos e acessórios, complementado a atuação das grandes marcas. Esse é um segmento que ninguém prestava atenção”, completa o CEO da empresa.
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