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Franquias “em liquidação” exigem cautela do empreendedor

Estratégia de crescimento das franqueadoras oferece formatos com custo menor, mas exige atenção redobrada de quem quer investir no segmento.

Karin Lima, franqueada da agência de turismo Poltrona 1 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Karin Lima, franqueada da agência de turismo Poltrona 1 (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

Pensando em driblar a crise, algumas franqueadoras apostam em estratégias de crescimento arrojadas, com redução de taxas, parcelamento e até a disponibilidade de formatos mais enxutos, que geram menos custos para o franqueado. “Há três anos, vender franquia estava fácil. Hoje, a história é diferente. Muitos franqueadores estão aceitando coisas que não aceitariam antes”, afirma Paulo Ancona, diretor da consultoria Vecchi Ancona, especializada no segmento.

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Nesse cenário, o formato de microfranquia, que exige investimento de até R$ 80 mil e é oferecido hoje por 433 marcas, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), se apresenta como o mais atraente. Além do baixo investimento, o que caracteriza este modelo é que não se exige ponto comercial, podendo ser trabalhado até mesmo na casa do franqueado.

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Segundo o diretor de inteligência de mercado da ABF, Claudio Tieghi, a oferta de microfranquias faz parte dos planos de expansão das redes para 2016, que apostam em modelos mais compactos. A concorrência para encontrar novos compradores no mercado – existem mais de 3 mil marcas de franquias no país – e a situação econômica são as principais dificuldades que motivam a criação das microfranquias.

Cautela

Porém, não é porque o investimento cabe no orçamento que o empreendedor deve perder a cautela na hora de escolher uma franquia. O problema, segundo o consultor do Sebrae-PR e do site Franqueador.com, Erlon Labatut, é que muitas franquias nascem sem a correta estruturação e o planejamento necessário. “Por um lado a estratégia é boa porque o franqueador busca meios para viabilizar o negócio, mas muitas vezes são modelos não testados realmente,” afirma.

Empreendedores que investem neste tipo de negócio buscam riscos menores, já que a base de uma franquia é a réplica de um modelo de negócios que já obteve sucesso. No entanto, existem marcas que se tornam franquias a partir da empolgação com o sucesso de uma unidade, e são as primeiras vendas que mostram se o formato é viável ou não. “Quando o empreendedor compra uma franquia, ele acredita que aquele modelo já foi testado e aprovado”, diz Labatut. “Em alguns casos reduzir o custo pode ser uma estratégia bacana, mas, na maioria, é apenas a tentativa de correção de erros cometidos no desenvolvimento do negócio.”

De acordo com o consultor, para haver um crescimento sustentável, o franqueador precisa mapear os lugares aonde realmente o negócio é viável. “Crescimento e viabilidade caminham juntos. Não há nada de errado em crescer com unidades menores e formatos de franquia reduzidos, desde que haja um planejamento bem executado,” comenta.

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