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A galeria conta atualmente com mais de 150 artistas entre brasileiros, cubanos, europeus e norte-americanos. | Democrart/Divulgação
A galeria conta atualmente com mais de 150 artistas entre brasileiros, cubanos, europeus e norte-americanos.| Foto: Democrart/Divulgação

Vender obras de arte a um preço acessível. Foi com este propósito que o empresário Bruno Rampazzo lançou ao mercado a Democrart. Como o nome indica, é uma forma de democratizar a arte. E, também, um nicho de mercado crescente mundo afora. Com quase sete anos de negócio, a empresa se prepara para lançar sua terceira loja física e para conquistar espaço na América Latina, por meio de um sistema de franquias.

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O negócio surgiu em 2010, com uma loja pela internet e pouco mais de dez artistas. Após mais de uma década no mercado financeiro, mas sem experiência no mercado da arte (apenas “amor” pela coisa), Rampazzo se lançou na empreitada junto com mais um sócio. O desafio era encontrar uma forma de baratear custos sem precisar sacanear os artistas (pagando menos). Veio a ideia dos múltiplos.

Ao invés de obras únicas, exclusivas, a Democrart vende séries numeradas das obras. São os tais múltiplos. O esforço de criação artístico é o mesmo, já que a obra é produzida uma única vez. Mas a impressão em série permite que ela seja vendida várias vezes, para pessoas diferentes.

Os originais das peças vendidas podem chegar a R$ 50 mil, estima a galeria. Enquanto algumas cópias podem ser compradas a partir de R$ 490. Alguns dos modelos mais caros saem por cerca de R$ 6 mil.

“O nosso único objetivo é tentar tornar o inacessível acessível. É isso que a gente tenta fazer todos os dias”, resume Rampazzo. A empresa não é a única do mundo a investir neste segmento. Na verdade, analisa o empresário, a arte acessível é uma tendência. Tanto que museus no mundo todo investem em versões baratas, para vender a seu público.

Para se diferenciar, a Democrart investiu na sua curadoria. A empresa conta com um conselho de curadores próprios e com a consultoria de artistas renomados, como Binho Ribeiro, organizador da Bienal de Graffiti de São Paulo (evento que a galeria chegou a patrocinar).

A galeria conta atualmente com mais de 150 artistas. Entre eles há brasileiros, cubanos, europeus, norte-americanos. Gente de todo o canto.

Loja física impulsiona crescimento

No final de 2015, a Democrart inaugurou sua primeira loja física, em São Paulo. Fica na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, no miolo entre o Jardins e Pinheiros, região que abriga uma série de estabelecimentos ligados à arte. O investimento custou R$ 400 mil. No ano passado (2016), em agosto, a segunda loja, também em São Paulo, no Shopping Cidade Jardim.

Ambas começaram como espaços próprios e viraram franquias, após surgirem investidores interessados. Na próxima semana, a empresa inaugura seu terceiro espaço, na Vila Madalena. A meta, agora, é expandir para outas cidades. Já há conversas em andamento com interessados no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e no Nordeste. Além de pessoas de outros países da América Latina.

A empresa acabou de formalizar seu modelo de franquia. O que, Bruno espera, deve facilitar a expansão. A taxa de franquia é de R$ 50 mil, e o custo com royaties (valor que tem que ser repassado à sede) é de 18%. O investimento inicial deve ficar em torno de R$ 350 a R$ 400 mil. Uma vantagem é a baixa necessidade de estoque. Como a ideia é não diferenciar as operações física e online, não há necessidade de a loja presencial ter todas as obras em estoque. É possível investir em alguns números, mas vender todas as opções disponíveis na web.

Mercado de arte com apelo popular

Analistas de mercado veem a parte debaixo da pirâmide como um mercado em potencial para o mercado da arte. Estudo da francesa Artprice, que trabalha com cotação e venda de obras de arte. estima que metade das vendas feitas pelo setor em 2015 envolveu obras com um custo máximo de US$ 1.234 (cerca de R$ 3,9 mil, em valores atuais). Uma porção significativa deste bolo é de obras de mestres modernistas que produziram obras no esquema de múltiplos. O destaque fica com Salvador Dali, que contabiliza 829 obras nesta faixa de preço. O mercado da arte, como um todo, movimentou US$ 11,2 bilhões, em 2015.

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