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Em julho o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), que revela os desempenhos das cidades brasileiras na última década. Com a divulgação, todos os olhos se voltaram para a educação, que embora tenha tido o índice que registrou maior avanço, ainda está muito aquém do desejado. De acordo com o índice geral, a educação foi a única área avaliada que apresentou um "médio desenvolvimento humano", enquanto as outras – longevidade e renda – alcançaram "muito alto" e "alto", respectivamente.

Esses dados nos levam a uma reflexão interessante, em que é possível enxergar a relação entre a educação e a inovação. O Índice Global de Inovação 2013, produzido pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), Instituto Insead e Universidade Cornell, traz o ranking dos países mais inovadores. No topo da lista estavam: Suíça, Suécia, Reino Unido, Holanda, Estados Unidos, Finlândia, Hong Kong, Cingapura, Dinamarca e Irlanda. Nenhuma surpresa, uma vez que esses países destinam mais de 2% do seu PIB ao desenvolvimento da inovação.

Se cruzarmos os dados desse índice com o ranking de qualidade educacional The Learning Curve de 2012 da Pearson Internacional, vemos a similaridade. O levantamento que mede os resultados de três testes internacionais aplicados em alunos do ensino fundamental traz em seus primeiros lugares países como Finlândia, Coreia do Sul, Hong Kong, Japão, Cingapura, Grã-Bretanha, Holanda, Nova Zelândia, Suíça e Canadá. Ou seja, se não fosse por algumas mudanças de posições, teríamos praticamente o mesmo ranking.

Se há grandes semelhanças entre os primeiros lugares, o mesmo pode-se dizer das posições alçadas pelo Brasil em ambos os levantamentos: inovação, 58.ª, e educação, 39.ª. O que nos leva a crer que, se esperamos empreendedores mais inovadores, precisamos investir mais na educação. Afinal, além de boas ideias, senso de oportunidade e coragem, o diferencial competitivo de um empreendedor é também o conhecimento.

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