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Nesta terça-feira (21) os trabalhadores da construção civil de Curitiba e da região metropolitana (RMC) podem entrar em greve por tempo indeterminado, de acordo com o Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, de Olarias, de Cerâmicas para Construção, de Artefatos de Cimento Armado e de Mármores e Granitos de Curitiba e Região Metropolitana). O movimento poderá ser iniciado porque não houve acordo com o sindicato patronal - Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná) - no que diz respeito ao reajuste salarial e outras reivindicações da categoria. As negociações entre as partes continuarão nesta terça-feira (21), quando haverá nova reunião na Delegacia Regional do Trabalho do Paraná (DRT-PR).

A expectativa do sindicato laboral é de que grande parte dos 35 mil colaboradores – empregados em aproximadamente cinco mil obras - filiados ao órgão paralisem as atividades. Cinco categorias são filiadas ao Sintracon: serventes, meio-profissionais, profissionais, contramestres e mestres de obras.

Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 20%, aumento de 20% no valor do vale-mercado, cesta básica de R$ 70, café da manhã para os trabalhadores, hora-extra no valor de 100% e diminuição do prazo do contrato de experiência de 90 para 30 dias.

De acordo com o Secretário de Finanças do Sintracon, David Pereira de Vasconcelos, o sindicato tentava negociar desde abril, mas as propostas das empresas ficaram muito abaixo do que era pedido pelos trabalhadores. "Não houve acordo, não podemos aceitar o que nos foi oferecido. Por isso entraremos em greve", disse Vasconcelos.

Em contrapartida, o Sinduscon-PR afirmou que obras serão paralisadas em Curitiba e na RMC, e com isso há possibilidade de haver atraso na finalização de obras e quebra de contratos. A consequência poderia ser demissões de trabalhadores da construção civil.

O vice-presidente da área de políticas e relações do trabalho do Sinduscon-PR, Euclésio Manoel Finatti, afirmou que foi oferecido reajuste de 7,5% e que as questões sociais da pauta de reivindicações dos trabalhadores ainda serão discutidas.

Finatti disse que os valores pedidos pelos colaboradores são impraticáveis e que, inicialmente, foi pedido de 35 a 42% de aumento salarial. "O valor que oferecemos representa reajuste real, pois é dois pontos acima do INPC (Índice de Preços ao Consumidor)", destacou.

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