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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira um raio-x sobre os empregados domésticos do país. Há 1,6 milhão de pessoas com essa função nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil, o equivalente a 8,1% da população ocupada.

Quase todas são (94,3%) mulheres, com carga horária (37,6 horas) inferior à observada na média da população (41,9 horas), mas que recebem, em média, apenas 35% do rendimento dos trabalhadores do país: 27,5% dos trabalhadores domésticos recebe menos de um salário mínimo.

A maioria (65,6%), não tem carteira assinada. Entre aqueles que têm o benefício da carteira, 79,9% recebem entre um e dois salários mínimos.

O levantamento classifica como trabalhador doméstico a pessoa que presta serviço doméstico remunerado em dinheiro ou em benefícios. Dos que se enquadram nessa definição, 61,8% são pretos e pardos.

Apesar da precariedade de trabalho associada a essa função, a pesquisa mostra uma melhora no nível educacional desses trabalhadores desde a última edição da sondagem. Há quatro anos, 71% dos empregados domésticos tinham menos de oito anos de estudo. Agora, esse percentual caiu para 64%.

Por outro lado, a proporção de domésticos no país aumentou de 7,7% para 8,1% no mesmo período. Segundo o IBGE, o aumento do número de empregados pode estar relacionado à entrada da mulher no mercado de trabalho e ao conseqüente vácuo deixado por elas nos serviços de casa. A pesquisa mostra que 17,5% das mulheres que trabalham no país são domésticas (ou seja, cerca de 1/6 do total).

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