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O emprego industrial no Paraná segue na contramão do restante do país, apresentando indicadores positivos em meio à perda de dinamismo da indústria nacional. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de trabalhadores na indústria brasileira diminuiu 0,5% entre janeiro de 2012 e 2011, enquanto no Paraná, no mesmo período, houve alta de 4,6% – a maior entre dez estados.

Os principais segmentos responsáveis pelo bom resultado no Paraná foram máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações, alimentos e bebidas, refino de petróleo e álcool, minerais não metálicos, têxtil, metalurgia e meios de transporte.

O número de horas pagas na indústria, que está intimamente ligada ao emprego industrial, também cresceu no estado, apresentando variação de 1,4% entre janeiro deste ano e o ano passado, ante queda de 1,5% a nível nacional. Outro indicador em alta é o da folha de pagamento real, que, entre janeiro de 2011 e 2012, teve crescimento de 15,5%, puxada, entre outros segmentos, por máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações, meios de transporte e alimentos e bebidas.

Para o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, é difícil explicar as razões para a alta tão acentuada dos salários industriais. "Uma hipótese é que o salário médio pago no Paraná está acima da média brasileira desde o ano passado. É uma tendência que pode estar se consolidando, de pagamentos acima da média de produtividade", avalia.

Outra explicação para a alta salarial é o pagamento de 13º salários e de Participações de Lucros e Resultados (PLR), segundo o economista da coordenação de indústria do IBGE, Rodrigo Lobo. "A folha de pagamento é um indicador muito dinâmico, com comportamento sazonal. No mês de janeiro pode ter havido antecipação de parte do 13º e da participação dos lucros", avalia.

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