Os empresários que participaram nesta quarta-feira (10) da reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC) pediram ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, a ampliação da desoneração da folha de pagamento para todos os setores. Segundo o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, a desoneração para alguns setores incluída na nova política industrial, anunciada na semana passada, já foi um grande avanço do governo Dilma Rousseff. Mas ele ponderou que é preciso ampliar a desoneração para todos os setores da economia.
A CNS avalia que é possível fazer essa desoneração por meio da criação de uma nova contribuição sobre movimentação financeira, ou seja, uma nova CPMF para compensar as perdas de arrecadação. Nese argumentou, no entanto, que o trabalhador não sairá perdendo, porque a proposta de criação dessa nova CPMF viria acompanhada de uma redução na contribuição que os trabalhadores pagam ao INSS. Hoje essa contribuição tem alíquota entre 8% e 11% sobre o salário. Pela proposta da CNS, a alíquota caíra para um patamar entre 7% e 10%. Em contrapartida, seria criada uma alíquota de 0,85% sobre as movimentações financeiras para essa nova CPMF.
Nese disse que, com esse modelo proposto, seria possível ampliar a desoneração para todos os setores da economia. "É um equívoco achar que o trabalhador vai pagar a conta", afirmou. O presidente da CNS acredita que, de qualquer forma, a desoneração setorial, se der certo no modelo piloto anunciado para alguns setores, já representará uma grande mudança.
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