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A primeira crise de Barack Obama na presidência dos Estados Unidos ocorreu no dia da posse. Em 19 de janeiro de 2009, momentos após a cerimônia de transmissão do cargo, a nova equipe presidencial enfrentou uma pane na rede de internet da Casa Branca. Os assessores foram obrigados a usar apenas o telefone no primeiro dia de trabalho. O caso foi lembrado na semana passada pelo pesquisador chefe em Sistemas de Adaptação e Interação da Microsoft, Jonathan Grudin, ao falar sobre o uso de redes sociais em empresas. Para o cientista americano, o uso de sites como o Twitter e o Facebook serão agregados naturalmente ao dia a dia das empresas.

"No caso da Casa Branca, é possível perceber que as redes sociais não estavam sendo usadas pela equipe de Obama apenas para que sua candidatura impressionasse o eleitorado jovem. Estas redes eram, e são, fundamentais para que eles possam fazer o seu trabalho", afirma Grudin, que esteve no Guarujá, litoral sul de São Paulo, participando do Faculty Summit América Latina 2010, evento de inovação científica e tecnológica promovido pela Microsoft.

Apesar disso, a liberação do acesso a estes sites em horário de trabalho ainda constitui um dilema para as empresas. "O problema é que as companhias querem números exatos sobre aumento de produtividade, e isto talvez seja impossível de mensurar", ressalta Grudin.

As páginas de relacionamento, particularmente o Twitter e o Facebook, passam hoje pela mesma transição que ocorreu com os serviços precursores na internet. "Lembro-me de uma reportagem de revista, publicada em 1989, afirmando que o uso do e-mail diminuía a produtividade", conta. Grudin foi o autor de uma pesquisa com mil funcionários da Microsoft nos Estados Unidos sobre o uso de mídias sociais no ambiente de trabalho. O levantamento mostrou que 60% dos funcionários mantinham inscrições em sites como Facebook, Twitter e Windows Live Messenger.

Porém a decisão sobre a liberação do uso e a maneira como as redes devem ser utilizadas no trabalho não é automática. O pesquisador americano afirma encontrar oposição às mídias sociais mesmo entre os gestores da Microsoft. Além disso, clientes da gigante da computação recorrem à companhia para saber como devem lidar com o assunto. "As empresas precisam se integrar ao processo de conhecimento dessas ferramentas, para que possam decidir junto com seus funcionários qual é o melhor emprego para elas", recomenda.

O jornalista viajou a convite da Microsoft.

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