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Daniela Cachich, gerente de marketing da Ades: novo produto com apelo nutricional | Divulgação
Daniela Cachich, gerente de marketing da Ades: novo produto com apelo nutricional| Foto: Divulgação

A maior rede de fast food do mundo oferece salada e maçãs em seu cardápio. A marca líder de maioneses no país está na mídia para esclarecer que uma colher do produto tem apenas 40 calorias. O mercado de refrigerantes perdeu espaço para sucos e chás e os fabricantes se apressaram em incluir novas opções – com menos açúcar – em seu portfólio. Tudo isso não é coincidência e, convenhamos, já nem soa mais tão estranho como há 10 anos. O consumidor, ou pelo menos a maior parte deles, vem buscando opções mais saudáveis de alimentação e consumo e, na esteira, a indústria investe em algo que podemos chamar de "marketing saudável".

"A indústria como um todo, não só a de alimento, está se posicionando em torno do que a gente pode chamar de bem-estar. O consumidor quer retardar o envelhecimento, quer produtos que lhe tragam benefícios, que tenham embalagens recicladas e que não agridam o meio ambiente", diz o professor de marketing do Fae Centro Universitário, José Eduardo Nasser.

Prova disso é que os próprios consumidores, em pesquisas, revelaram a importância de divulgar as calorias da maionese, segundo conta a gerente de marketing da marca Hellmann’s, Renée Almeida. "Uma pesquisa realizada para a campanha revelou que 97% dos entrevistados consideraram que a informação de que o produto tem poucas calorias é muito relevante", diz. "Os consumidores estão cada dia mais conscientes da relação entre alimentação e saúde. As empresas têm um papel fundamental em promover soluções para uma alimentação equilibrada."

Renée diz que o foco em opções "saudáveis" está em todas as marcas da Unilever. "Temos a consciência de que podemos provocar um grande impacto na saúde das pessoas." A gerente de marketing de outro produto da multinacional, o AdeS, Daniela Cachich, diz que a linha, feita à base de soja, vem ganhando mercado com a busca do consumidor por alternativas mais saudáveis. De olho nesse crescimento, em abril a marca ganhou uma versão destinada especialmente para o público infantil, a AdeS Nutrikids, na qual foram investidos R$ 25 milhões.

Menos batata frita

A história recente de uma das maiores redes de fast food do mundo ilustra bem a preocupação crescente da população com um estilo de vida mais saudável. No início da década, o Mc Donald’s amargou o primeiro prejuízo de sua história, na casa de US$ 343,8 milhões. A explicação se dava, em grande parte, a uma mudança no comportamento das pessoas. E não demorou para a própria rede mudar seu cardápio e sua comunicação.

No início, as opções de salada eram sazonais, normalmente no verão. Em 2005, passou a ser uma opção permanente. "Essa tendência de consumo passou a se tornar cada vez mais relevante. E nós somos os principais interessados em reconhecer e atender essa tendência", diz diretor de planejamento e marketing da rede, Roberto Gnypek.

Em números essa tendência representa 2,6 toneladas de alface consumida nos restaurantes ao longo de 2008 e 1,4 milhões de saladas vendidas no primeiro semestre deste ano. "É indispensável ter essas opções no cardápio. Não só porque as pessoas estão preocupadas com saúde, mas porque elas têm comido cada vez mais fora de casa e querem opções, variedade", diz Gnypek

Sem frituras

Na mesma medida que crescia a tendência, o Mc Donald’s viu crescer a passos largos um concorrente: a rede norte-americana Subway. Com a promessa de vender sanduíches feitos na hora com ingredientes frescos e vegetais, a marca chegou ao posto de segunda maior rede de fast food do mundo. A primeira em algumas praças – situação que a própria rede faz questão de destacar em seus materiais.

Os estados do Paraná e Santa Catarina, por exemplo, já têm mais Subways do que os enormes Ms amarelos. No fim de agosto, a rede inaugurou a 22ª loja em Curitiba. No Brasil todo já são 306 restaurantes. No fim de 2008 eram 215 e até o fim do ano, a previsão é que mais 350 unidades sejam abertas. Segundo o agente de marketing da rede, Leandro Florio, desde a chegada ao Brasil em 2003, a marca vem crescendo em dois dígitos anualmente. Uma expansão que não para, de olho na meta mundial: ser a maior rede do mundo em 2010. "O apelo do saudável é o mais importante para a rede, com esse conceito de ‘fresh’ – feito na hora e na sua frente."

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