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Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos compraram da indústria volumes de produtos para revender neste Dia das Mães até 15% maiores na comparação com a mesma data de 2010, aponta um levantamento da Associação Nacional de Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros) feito a pedido da reportagem. "Vai ser um ótimo Dia das Mães", afirma o presidente da Eletros, Lourival Kiçula. Ele pondera que, se o governo não tivesse baixado medidas para contenção do crédito, o desempenho poderia ser ainda melhor.

De acordo com o levantamento feito com fabricantes, a indústria vendeu 15% a mais de eletroportáteis e de equipamentos de áudio e vídeo para a data neste ano, em relação ao registrado em 2010, e apresentou um acréscimo entre 8% e 10% nas encomendas de geladeiras, fogões e máquinas de lavar. Kiçula lembra que se trata de um crescimento em relação a um patamar de vendas alto. No caso de eletroportáteis, no ano passado as vendas do Dia das Mães, o "segundo Natal" para o comércio, haviam crescido 25%.

Apesar das medidas para segurar o consumo, o vigor do varejo, indicado pelas compras da indústria, também aparece nos dados de vendas a prazo apurados pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Depois de arrefecer na primeira quinzena do mês, o número de consultas para vendas a prazo encerrou abril com crescimento anual de 7,4%, o mesmo ritmo registrado no primeiro trimestre do ano em relação a igual período de 2010.

Emílio Alfieri, economista da ACSP, explica que o ritmo de vendas foi retomado na segunda quinzena do mês passado por causa das vendas da Páscoa e do Dia das Mães, que foram antecipadas neste ano, com promoções agressivas, especialmente em lojas de bens duráveis. "Não sentimos a desaceleração mensal que normalmente costuma acontecer quando o Banco Central eleva juros", observa.

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