O nível de endividamento das famílias avançou nos últimos anos e atingiu 34,8% da renda anual dos doze meses anteriores, informou nesta sexta-feira (26) o Banco Central, por meio do relatório de inflação do segundo trimestre deste ano.
Segundo o BC, o nível de endividamento das famílias subiu 8,1 pontos percentuais nos últimos dois anos. Deste modo, estava em 26,7% em março de 2007. A autoridade monetária classificou o crescimento como sendo "representativo". A informação foi divulgada um dia após o próprio BC informar que a inadimplência das pessoas físicas bateu recorde em maio.
Desenvolvimento do mercado de crédito
De acordo com o Banco Central, a subida do nível de endividamento das famílias é um movimento associado ao próprio desenvolvimento do mercado de crédito, que era "incipiente" antes da consolidação da estabilidade macroeconômica.
Do terceiro trimestre de 2008 em diante, avaliou a autoridade monetária, o endividamento passa a apresentar tendência de desaceleração, comportamento consistente com o "arrefecimento das contratações".
Comprometimento da renda
De acordo com o BC, o nível de comprometimento da renda familiar com as dívidas atingiu 25,3% em março deste ano, com aumento de 2,8 pontos percentuais sobre março de 2007 - dois anos antes.
"Esse indicador evolui de forma menos acentuada, traduzindo os efeitos combinados das variações de saldos, prazos e taxas de juros. Nesse sentido, o comprometimento de renda decresceu entre o segundo trimestre de 2006 eo primeiro trimestre de 2007, quando a elevação dos prazos e a redução das taxas de juros compensaram a expansão do volume de crédito", informou o BC.
Ao longo de 2008, acrescentou o BC, esse crescimento se acentuou, impulsionado, em especial, pela alta das taxas de juros. "Em 2009, observa-se novo declínio, explicado primariamente pela redução das taxas", concluiu.
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