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Tecnologia funciona pelo princípio da vorticidade, que incentiva movimentos espirais do ar ao redor de um centro de rotação. | Foto: Vortex/Divulgação
Tecnologia funciona pelo princípio da vorticidade, que incentiva movimentos espirais do ar ao redor de um centro de rotação.| Foto: Foto: Vortex/Divulgação

Já imaginou uma turbina eólica que funciona sem as hélices? Essa é a proposta da companhia espanhola Vortex. Além do ineditismo do formato, a novidade promete ser mais silenciosa que os modelos tradicionais, em torno de 50% mais barata e, de quebra, pela ausência das pás, mais segura às aves. Muitas acabam abatidas ao cruzar áreas de concentração de usinas eólicas.

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A estrutura feita de fibra de vidro e carbono lembra um canudo gigante. Por não contar com engrenagens, parafusos ou partes móveis, segundo os criadores, tem preço mais acessível e manutenção facilitada.

Inspiração

A inspiração para o projeto veio da observação da ponte Tacoma Narrows Bridge, construída na década de 1940 em Washington, nos Estados Unidos. Alguns meses após sua inauguração, ela caiu sobre o rio Tacoma, mas ficou mundialmente famosa pela capacidade de oscilar com a força do vento a partir do princípio da vorticidade.

Como maior diferencial, ao invés de usar o movimento circular das pás para transformar o vento captado em energia elétrica, ela utiliza a chamada vorticidade para fazer isso. A condição incentiva movimentos espirais do vento ao redor de um centro de rotação. Ao percorrer toda a extensão do mastro, ele vibra. Na base do cone são instalados dois imãs repelentes. Quando o cone oscila para um lado, os imãs puxam-no para o outro. O movimento é contínuo e não depende, necessariamente, de ventos fortes para acontecer. Por fim, um alternador que multiplica a frequência de oscilação do mastro transforma a energia cinética em elétrica. Veja como funciona.

Busca por apoio e planos de expansão

Por enquanto, a novidade está apenas em fase de testes. Alguns recentes, inclusive, mostraram que a estrutura tem um desempenho 30% inferior em relação ao modelo tradicional de hélices. Segundo a Vortex, no entanto, a deficiência pode ser compensada pelo fato de ser possível incluir o dobro de turbinas no mesmo local onde são instalados metade dos modelos convencionais, que ocupam mais espaço.

A empresa responsável pela criação já levantou US$ 1 milhão em recursos públicos e privados espanhóis para levar a solução para o mercado. Em breve, espera conseguir apoio nos Estados Unidos. Uma campanha em um site de crowdfunding também foi lançada para ampliar as condições de apoio à tecnologia. De acordo com David Suriol, um dos sócios da Vortex, cerca de 200 e-mails chegam, por dia, de pessoas interessadas na novidade.

A expectativa é a de que, até o fim deste ano, a primeira turbina seja lançada no mercado. Com 12,5 metros de altura e capacidade de produzir quatro quilowatts (kW) de energia, a tecnologia pode ser aproveitada tanto para uso comercial quando residencial.

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