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As maiores ofertas de financiamento de ativos entre abril e junho deste ano foram em energia eólica offshore na Europa. | London Array/Divulgação
As maiores ofertas de financiamento de ativos entre abril e junho deste ano foram em energia eólica offshore na Europa.| Foto: London Array/Divulgação

Vai ser difícil bater o investimento recorde em energia limpa realizado em 2015 em todo o mundo. Depois de um ano de ouro para as fontes renováveis, 2016 começou com menos entusiasmo no setor.

Nos primeiros seis meses deste ano foram investidos US$ 116 bilhões, cerca de 23% abaixo do volume aplicado no mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Bloomberg New Energy Finance (BNEF). Os investimentos em energia limpa em 2015 somaram US$ 348, 5 bilhões.

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No segundo trimestre deste ano, os desembolsos com energia limpa somaram US$ 65 bilhões, 12% acima do resultado dos três primeiros meses do ano, mas 32% abaixo dos US$ 90 bilhões empenhados nessa área no mesmo período de 2015. As maiores ofertas de financiamento de ativos entre abril e junho deste ano foram em energia eólica offshore na Europa.

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Em todas as regiões houve retração dos investimentos em fontes renováveis, com exceção da Europa e do Brasil, onde os investimentos foram positivos. No primeiro semestre, os desembolsos na Europa avançaram 4%, para US$ 33,5 bilhões. O Brasil liderou o crescimento proporcional, com alta de 36% nos desembolsos para energia limpa, para US$ 3,7 bilhões.

Campeã de investimentos em energia limpa em 2015, a China pisou no freio. Os recursos aplicados em fontes renováveis caíram 34% no país asiático, somando US$ 33,7 bilhões. No ano passado, a China investiu US$ 102,9 bilhões, um terço do total global. Nos Estados Unidos, os investimentos somaram US$ 23,2 bilhões, retração de 5%.

Outro aspecto que contribuiu para o declínio dos investimentos globais até agora o avanço expressivo da energia solar. Segundo o levantamento do BNEF, os painéis fotovoltaicos ficaram mais baratos em muitos países, mas tem havido uma troca de projetos de pequena escala (relativamente mais caros em termos custo-benefício) para projetos de maior escala, mais baratos em termos de investimentos.

Olhando para os investimentos concretizados no primeiro semestre deste ano, o recorde de 2015 dificilmente será superado, pelo menos não em 2016, afirmou Michael Liebreich, presidente do conselho consultivo da Bloomberg New Energy Finance. Segundo ele, os investimentos da China em energia eólica e solar no ano passado superaram em muito o previsto, elevando o montante aplicado globalmente a um patamar muito alto.

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