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O CEO da Oniria, Nicholas Bender Haydu, e o diretor de marketing Rodrigo Martins de Souza: depois dos simuladores, games para a saúde | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
O CEO da Oniria, Nicholas Bender Haydu, e o diretor de marketing Rodrigo Martins de Souza: depois dos simuladores, games para a saúde| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Criação de games está no DNA da empresa

Em agosto de 2013, a Oníria se mudou para um prédio alugado na Rua Bélgica, em Londrina, onde há espaço para os dois ambientes que o negócio pede. No andar térreo fica a oficina, com pé direito alto o suficiente para acomodar a cabina do simulador de colhetadeira. É ali que os engenheiros usam fibra de vidro – daí a poeira amarela que cobre o chão – e soldas para tirar do papel os protótipos que desenharam.

No andar de cima, trabalham programadores e cientistas de computação, desenvolvendo os programas das máquinas e os games. As mesas dos sócios também ficam ali. O clima é informal, típico do ramo: no horário do almoço, usam o computador para jogar o que quiserem. 

Mesmo que a Oniria tenha aprendido que olhar o mercado poupa tempo e dinheiro, os sócios ainda mantém um sonho vivo. Explica-se: a empresa nasceu em 2002, em uma incubadora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), para ser uma desenvolvedora de games. Teve um projeto bem sucedido em 2005, mas fracassou com o seguinte e resolveu se reinventar rumo ao mundo corporativo. Isso não significa, porém, que o projeto inicial esteja morto. "O sonho, a vontade, ainda está lá", reconhece Haydu, que ainda mantém sobre sua mesa de trabalho bonecos colecionáveis de personagens como Predador.

Em julho, a empresa teve a oportunidade de apresentar, durante a Copa do Mundo, um game para aplicativos móveis que está sendo desenvolvido em parceria com a Intel – o Troop of Cubes. Por iniciativa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) , o projeto pôde ser conhecido em estandes nos estádios de cinco cidades-sede.

O ano de 2014 promete ser o último em que a desenvolvedora de simuladores e softwares Oniria será chamada de pequena empresa. Considerando projetos já fechados ou em andamento, a companhia pretende concluir o período com faturamento de R$ 3 milhões . Em 2015, a promessa é elevar a receita para R$ 5 milhões, o que significa cruzar o limite de R$ 3,6 milhões que separa os pequenos dos médios –inclusive nas responsabilidades diante do mercado que se abriu para a empresa de Londrina.

Assista ao vídeo e conheça melhor a empresa premiada Depois de conquistar contratos com grandes clientes – Petrobras, Vale e Case New Holland–, a Oniria busca produtividade. A estratégia é ganhar em escala em vez de depender de projetos específicos, que tomam de seis a nove meses e envolvem uma equipe de cerca de dez funcionários. A empresa quer usar o expertise tecnológico que adquiriu até agora para criar produtos-padrão que poderão ser adaptados a diversos clientes. "Um projeto ocupa muita gente durante um certo tempo. A produção em série ocupa pouca gente por mais tempo, mas com mais resultados", diz o CEO e sócio da empresa, Nicholas Bender Haydu, 35 anos.

De 2008 para cá, a Oniria se posicionou como a única no Brasil a fazer simuladores e gamificação, ambos usados por empresas para treinamentos e ações de marketing. Simuladores são máquinas que usam realidade virtual na tentativa de reproduzir uma experiência real, como operar uma colheitadeira ou um limpador de trilhos de trem. Já a gamificação é uma solução corporativa que usa elementos típicos de games para "embalar" treinamentos que pedem engajamento. Exemplo prático: transformar as lições do código de ética da empresa em game gera mais interesse dos funcionários do que uma palestra. Até agora, os simuladores são o forte da empresa, responsáveis por 70% do faturamento.

Oferecendo esses dois tipos de produto, o crescimento da Oniria passou incólume inclusive pela lentidão da economia brasileira neste ano. "Como nossos serviços ajudam clientes a economizar, não percebemos baixa na demanda. Só sentimos que o ano foi difícil pelos comentários dos clientes", diz Haydu. Com espaço já bem delineado nos setores de agronegócio e de defesa militar – a empresa tem desde 2011 um projeto com o Exército Brasileiro para criar simuladores de blindados –, a Oniria resolveu diversificar a clientela. Os projetos novos se concentraram no segmento de saúde, que tem se mostrado um cliente com potencial.

Um exemplo é o simulador Virtua Therapy, que ajuda no tratamento de pessoas que sofrem de fobias. Usando óculos e segurando um joystick em cada mão, o paciente pode simular subir na varanda de um prédio ou mesmo dividir o mesmo espaço com uma aranha. A ideia é ajudar no trabalho de médicos que fazem uso do método de exposição gradual ao objeto do medo para tratar a fobia. "Será uma ferramenta de consultório para psiquiatras", conta Rodrigo Martins de Souza, 32 anos, diretor de marketing e sócio da Oniria.

Lançamento

Para 2015, a Oniria também vai lançar o Insuonline, serious game que treina médicos para atender pacientes com diabetes. Baseado nas conclusões de uma tese de doutorado, o game levou a empresa ao Microsoft ImagineCup 2013, na Rússia, na categoria Cidadania Mundial.

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Bem Feito no Paraná 2014 | 2:10

Simuladores e ferramentas para treinamento ganham mercado

Ganhadora do prêmio Bem Feito no Paraná, a Oniria conquista o mercado com softwares realistas usados em simuladores para atender situações de treino, educação e marketing. A empresa aposta que vai faturar R$ 5 milhões em 2015.

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