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Angela Merkel reconheceu o progresso de países como Itália, Espanha e França, mas enfatizou que a Europa não está fora de perigo | Ruben Sprich/Reuters
Angela Merkel reconheceu o progresso de países como Itália, Espanha e França, mas enfatizou que a Europa não está fora de perigo| Foto: Ruben Sprich/Reuters

Levy se reuniu com diretora do FMI

Para o Brasil, o Fórum Econômico Mundial é uma boa oportunidade para explicar as mudanças adotadas na política econômica e tentar recuperar a confiança dos investidores.

Essa é a missão do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que, desde esta quarta (21), cumpre, em Davos, uma agenda de encontros com lideranças estratégicas.

Nesta quinta (22) ele se reuniu com a diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, almoçou com investidores e, à tarde, participou de uma sessão de debates sobre governança financeira.

Levy também tinha encontros agendados com o presidente-executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, e com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luiz Alberto Moreno.

O anúncio, pelo Banco Central Europeu (BCE), de um programa que destinará 60 bilhões de euros por mês para a compra de títulos públicos, com o objetivo de aquecer a economia e evitar a deflação da zona do euro, teve ampla repercussão no segundo dia de debates do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

A chanceler Angela Merkel, que participou nesta quinta (22) de um dos painéis do evento, disse que o plano anunciado pelo BCE não pode fazer com que os líderes dos países europeus deixem de promover as reformas estruturais necessárias.

Merkel reconheceu o progresso de países como Itália, Espanha e França, mas enfatizou que a Europa não está fora de perigo. "Precisamos promover crescimento e gerar empregos de longo prazo".

Assim como o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, em seu discurso nesta quarta (21), a chanceler alemã também defendeu uma política mais voltada para o crescimento. "O argumento do crescimento com austeridade é uma dicotomia falsa. A Alemanha tem mostrado que uma política fiscal orientada para o crescimento é possível", ressaltou.

Livre comércio

Vários líderes defenderam, em diferentes momentos do fórum, o avanço nas negociações para a criação de uma zona de livre comércio entre Estados Unidos e União Europeia, a chamada Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (Ttip, na sigla em inglês), que tem sofrido ampla oposição de sindicatos europeus.

Além de Merkel, o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, e o primeiro-ministro da Irlanda, Enda Kenny, pediram pelo avanço do acordo, que, se consolidado, seria o maior acordo de livre comércio do mundo. Rutte enfatizou que, com a parceria, a Europa poderia se beneficiar com até 5% de crescimento extra, sem ter que ampliar os gastos do governo.

Grécia

As eleições parlamentares da Grécia, neste domingo (25), também foram tema de debate em Davos. Apesar da possibilidade de que o novo chefe do governo grego venha do partido radical de esquerda Syriza, líderes europeus acreditam que não há possibilidade de que o país abandone a zona do euro, renunciando à moeda única.

Terrorismo

Mais de 2,5 mil líderes políticos, empresariais, cientistas e formadores de opinião participam do Fórum Econômico Mundial, que vai até este sábado (24).

O terrorismo também fez parte da agenda de debates. O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, e o vice-presidente do Iraque, Iyad Allawi, pediram pela união das nações contra os grupos terroristas.

"É uma só batalha, estamos lutando contra o mesmo terrorismo. O sangue que os terroristas derramam no Egito, no Iraque, na Síria, na Líbia, na Nigéria, no Mali, no Canadá, na França e no Líbano é da mesma cor. Temos que mobilizar todos os nossos esforços para eliminar esse flagelo onde quer que ele exista", afirmou al-Sisi.

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