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Para evitar a escassez do etanol e a consequente alta nos preços nos períodos de entressafra, o governo anunciou no ano passado a criação de um estoque regulador, que seria usado entre novembro e março. Na época, o BNDES ofertou R$ 2,5 bilhões para financiar a estocagem, o suficiente para gerar 5 bilhões de litros de combustível, segundo o Ministério. Mas não houve sobra de etanol na época e até hoje não foi anunciada a efetiva criação do estoque.

Embora a safra de cana-de-açúcar comece neste mês – o que tende a diminuir o preço do produto –, relatório do próprio Ministério da Agricultura admite que o volume colhido pode ser prejudicado em decorrência da estiagem enfrentada em algumas regiões em 2010. Levantamento da Datagro, consultoria de etanol e açúcar, confirma a previsão e estima queda de 6% na produção em relação ao ano passado.

Açúcar

Além de ter sua produção prejudicada pela chuva, o etanol vem enfrentando a concorrência de outro derivado na preferência dos usineiros – o açúcar, que, mais valorizado, "rouba" espaço do combustível nas usinas. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a seca na Índia – e a consequente redução da produção naquele país – elevou demanda pelo açúcar em todo mundo, jogando os preços para cima.

A preferência dos usineiros pelo açúcar diminuiu a oferta de etanol e aumentou os preços do combustível. Por consequência, o consumo de álcool caiu 8,5% no país no ano passado, uma vez que muitos motoristas passaram a abastecer seus veículos com gasolina.

A área de cana destinada à atividade sucroalcooleira está estimada em mais de 8 milhões de hectares. O Paraná é o terceiro maior plantador de cana do país, com 580 mil hectares. Responsável por 7% do plantio nacional, o estado só fica atrás de São Paulo (54%) e Minas Gerais (8%). (FP)

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