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Os recordes de produção e, principalmente, de vendas de veículos em agosto reduziram de 27 para 19 dias os estoques de veículos nas indústrias e nas concessionárias entre julho e o mês passado. O número total de veículos em estoque caiu de 329.365 para 266.223 no período, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

De acordo com o presidente da entidade, Cledorvino Belini, agosto foi um mês peculiar, com o maior número de dias úteis de vendas e de produção no ano inteiro, e isso faz que a indústria automotiva não se preocupe com a queda nos níveis de estoques de veículos. "Em setembro deveremos ter um aumento nos estoques, já que teremos menos dias úteis para venda", afirmou.

Além do recorde histórico na produção e nas vendas em agosto, anunciado nesta quinta-feira, o executivo comemorou a retomada do crédito para veículos novos, cujo índice de aprovação de fichas cadastrais chegou a 65%, ante 25% e 30% no primeiro semestre.

Apesar dos resultados de agosto, a Anfavea manteve as previsões de alta de 2% na fabricação e de até 5% nas vendas do setor em 2012, sobre 2011. Segundo a entidade, a produção de autoveículos e máquinas agrícolas deve atingir 3,475 milhões e as vendas ficarão em 3,81 milhões de unidades este ano.

"No último trimestre a economia vai girar e, quem sabe, possamos superar esses números; mas ainda é cedo para falar", disse Belin. A entidade prevê ainda que as exportações de veículos em valores recuem 5% em 2012, ante 2011, para US$ 15,7 bilhões.

Segundo a Anfavea, as vendas de máquinas agrícolas devem ficar estáveis entre os períodos, em 65 mil unidades, ante uma previsão anterior de queda e 4% a 5%. Além da recuperação gradual nas vendas do ocorrida durante o ano, o setor comemorou a redução, de 5% para 2,5%, na taxa de juros de máquinas adquiridas pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI), anunciada semana passada.

Já o setor de caminhões ainda preocupa, apesar da leve alta entre julho e agosto, pois as vendas diárias seguiram praticamente estáveis entre os dois meses, em, respectivamente, 496 e 498 unidades. "Realmente o setor está muito ruim, mas estamos otimistas em função das medidas da semana passada de redução dos juros também para os caminhões e porque a atividade econômica do País voltará a crescer e puxará as vendas", concluiu Belini.

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