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O momento ideal para a adoção de estratégias de saída da crise e as restrições aos pagamentos de bônus para os executivos financeiros estarão no centro dos debates dos ministros de presidentes de bancos centrais do G-20, que se reúnem amanhã, em Londres, como preparação para a reunião de cúpula marcada para o final do mês, nos Estados Unidos.

De um lado, países emergentes pressionam pela manutenção das políticas de estímulo, argumentando que ainda não é possível declarar vitória diante dos desafios que cercam a economia mundial. A linha também é defendida pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner.

Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, existe o receio de que uma precipitação possa levar a economia a um movimento de "W", com um novo mergulho no próximo ano.

Já a França e a Alemanha, mais preocupadas com a explosão dos déficits públicos, centram fogo nos ataques aos pagamentos de bônus aos executivos do setor financeiro, depois de toda a ajuda governamental despejada para salvar os bancos. Os países ganharam até a adesão inesperada do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, que neste ano preside o G-20 - levantando a fúria de profissionais da City londrina.

Para os Estados Unidos, o maior centro financeiro do mundo, imporem um limite aos bônus dos executivos não é tão palatável. Geithner surgiu defendendo o reforço do capital dos bancos como forma de impedir estratégias de risco elevada, que acabaram gerando toda a turbulência.

Já para a ministra de economia da França, Christine Lagarde, a adoção à risca das regras de Basileia 2 já é suficiente para evitar problemas.

Passado o pior momento da crise, o desafio agora é amarrar uma forma de recuperação sustentável e impedir que os problemas que abalaram a economia mundial não voltem a ocorrer.

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