
O governo do estado abriu licitação para elaborar o estudo de impacto ambiental da nova faixa de infraestrutura entre a PR-407 e o balneário Pontal do Sul, no Litoral do Paraná. O estudo deve orientar os futuros projetos executivos para construção de uma rodovia duplicada que vai ligar o entroncamento da PR-407 a Ponta do Poço, localidade do município de Pontal do Paraná onde está instalada a multinacional Techint e que pode receber no futuro um porto.
INFOGRÁFICO: Veja como fica a nova faixa de acesso entre a PR-407 e Pontal do Sul
A nova rodovia será construída dois quilômetros antes do atual traçado da PR-412, que liga os balneários entre Praia de Leste e Pontal do Sul. A estrada será duplicada com quatro faixas e prevê a construção de quatro conectoras, que vão dar acesso aos balneários, evitando a entrada por Praia de Leste.
Além da estrada, estão previstas construções de uma nova ferrovia entre Maracajú/Paranaguá/Pontal do Paraná, implantações das redes elétricas e de gás, para atendimento da demanda das empresas que vão atuar na região e obras de drenagem e saneamento para evitar alagamentos na região.
Com a elaboração do relatório e a conclusão dos estudos, o DER fará audiências com a população local. Somente depois dessa etapa e da aprovação pelo Instituto Ambiental do Paraná, o estado começará o projeto executivo da nova rodovia duplicada e também da urbanização da atual rodovia PR-412.
O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho, diz que a medida vai evitar a ocupação urbana da cidade ao longo da rodovia e da ferrovia. "Esta obra vai modernizar a infraestrutura do Litoral, ajudar na urbanização dos balneários e promover o desenvolvimento, permitindo a atração de investimentos na região, gerando empregos e renda aos moradores do Litoral", afirma.
Para o diretor da Liga Brasileira de Responsabilidade Socioambiental, Luis Afonso do Rosário, o estudo só terá validade se for amplamente discutido com a sociedade, não só com audiências com conteúdo programático, mas de uma forma que haja interação com os moradores de Pontal. "Toda interferência no meio ambiente tem que ser feita de forma responsável. A região é rica em nascentes e pequenos cursos de água que alimentam toda a baía e devem ser preservados. Os índios que ali vivem, em seu território sagrado, próximo aos sambaquis, também tem que ser ouvidos", diz.

Agro brasileiro vai conquistar mais um pódio e com o dobro de produtividade dos EUA
Economistas veem risco de “contabilidade criativa” em fundo do governo para o ensino médio
Quais são as melhores e as piores rodovias do Brasil
Usina para remover sal da água pode derrubar a internet brasileira, dizem operadoras