A Comissão Européia investiga um cartel da banana que teria acordado em segredo os preços deste produto na Europa. A ação contaria com o envolvimento das multinacionais americanas Chiquita, Del Monte e Dole, assim como da empresa equatoriana Noboa.
A comissária européia de concorrência, Neelie Kroes, que tem feito da luta contra os cartéis sua prioridade, pode impor até o fim do ano uma multa a pelo menos seis empresas envolvidas, entre elas a irlandesa Fyffes, que teriam participado do acordo ilegal durante cinco anos, segundo fontes ligadas ao caso.
Há dois anos, a Comissão reconheceu, sem citar nomes, ter inspecionado grandes distribuidores de banana e abacaxi na Bélgica, Alemanha, Reino Unido e Irlanda, com o objetivo de recolher provas.
De acordo com uma fonte, a Comissão suspeita que estas empresas trocaram informações confidenciais sobre os volumes e preços das bananas importadas à Europa. Graças a este procedimento ilegal, conseguiram chegar a um acordo para estabelecer preços artificialmente elevados e dividir os mercados.
Após dois anos de investigação, as suspeitas da Comissão se confirmaram, ao menos no que diz respeito à banana.