Os chefes de Estado e de Governo de 43 países da Ásia e da Europa (Asem) abriram nesta sexta-feira (24), em Pequim, uma reunião de cúpula de dois dias marcada pela crise financeira internacional.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, abriu o Palácio do Povo (parlamento), na simbólia praça de Tiananmen (Paz Celestial). "A envergadura da crise internacional que se agrava afetou seriamente a estabilidade financeira internacional e o crescimento econômico mundial", declarou Wen.
Os 43 países presentes em Pequim representam cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.
Frente comum
O presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou desejar que que a reunião de cúpula Ásia-Europa seja uma oportunidade para que os continentes apresentem uma "frente comum de iniciativas" para a reunião do G20, prevista para 15 de novembro, sobre a crise financeira.
"Gostaria que se aproveitasse este encontro de 43 países para preparar a reunião de Washington de 15 novembro. Quis esta reunião e desejo que possamos apresentar uma frente comum de iniciativas para que as mesmas causas não produzam os mesmos efeitos", declarou Sarkozy no início do encontro bilateral, ao lado do colega chinês Hu Jintao.
"Esta reunião é particularmente bem-vinda quando o mundo atravessa uma crise financeira sem precedentes. Tenho a convicção de que Ásia e Europa devem trabalhar juntos para regulamentar de maneira diferente o sistema financeiro mundial", acrescentou.
Japão 'não está ruim'
Também em Pequim, o primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, afirmou que economia japonesa não está em condições ruins, apesar de se ver afetada pela crise financeira mundial. "A economia japonesa não está em más condições", declarou Aso à imprensa na capital chinesa.
A segunda maior economia mundial se vê afetada pela queda mundial, que pode resultar em uma redução das exportações e baixas na bolsa, acrescentou o premier.
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