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O ex-controlador da Agra Empreendimentos Imobiliários Mário de Castro se dispôs a pagar um total de 1,58 milhão de reais à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para encerrar dois processos na autarquia.

Conforme a CVM, o valor que Castro ofereceu para finalizar os casos é mais que o dobro do ganho obtido pelas possíveis infrações.

Uma das investigações era por suposto uso de informação privilegiada para compra de ações da Agra antes da divulgação ao mercado, em junho do ano passado, do acordo de incorporação da Agra pela Cyrela Brazil Realty, que acabou não se concretizando. Nesse caso, o ganho obtido pela possível infração teria sido correspondente a 581 mil reais.

A outra investigação referia-se à negociação de ações da Agra antes da publicação de fatos relevantes nos 15 dias que antecederam a divulgação do balanço do segundo trimestre de 2008 pela companhia.

O Colegiado da CVM aceitou a proposta apresentada por Castro. "O processo ficará suspenso e, após o cumprimento das obrigações assumidas, será extinto em relação ao investigado", segundo a autarquia.

A Agra não tinha representantes imediatamente disponíveis para comentar a decisão da CVM.

A Agra estreou na Bovespa em abril de 2007, com uma oferta primária e secundária de ações de quase 800 milhões de reais. Desse total, os acionistas controladores --entre eles Mario de Castro-- embolsaram pouco menos de 34 milhões de reais, conforme dados disponíveis na bolsa.

Depois de cancelar em outubro de 2008 o acordo para ser incorporada pela Cyrela, a Agra se uniu à Veremonte, do empresário espanhol Enrique Bañuelos, para comprar o controle da Abyara e da Klabin Segall em fevereiro e abril deste ano, respectivamente.

Nesta semana, foi anunciada a incorporação de Abyara, Agra e Klabin Segall pela Amazon Group Real Estate (Agre), que será listada no Novo Mercado e ficará entre as maiores construtoras do país.

(Reportagem de Cesar Bianconi; Edição de Vanessa Stelzer)

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