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Veja a presença da rede no mundo e seu crescimento de 2008 para 2009 |
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Sexo, dinheiro e traição: seria essa a história de Mark Zuckerberg?

O título é bombástico: The Acci­den­tal Billionaires: The Founding of Face­book, a Tale of Sex, Money, Genius and Betrayal ("Bilioná­rios por Acidente: a criação do Fa­­cebook – um conto de sexo, dinheiro, ganância e traição", numa tradução livre do inglês). O conteúdo não deixa por menos: Mark Zu­­cker­­berg, fundador do Face­book, é retratado como um jovem genioso, que teria feito o si­­te para "pegar mulher" e, no meio de sua veloz ascensão, participou de orgias e até de um exótico jantar em um iate em que o prato prin­­ci­pal era um coala.

O esperado livro, lançado na se­­mana passada nos EUA e ainda sem tradução para o português, foi es­­crito por Ben Mezrich – o que diz mui­­to sobre a veracidade das in­­for­mações contidas nele. Em seu site (benmezrich.com), Mezrich, autor de outros dez livros, é descrito co­­mo alguém que "criou um estilo próprio de não-ficção altamente viciante, transformando em crônicas as incríveis histórias de jovens geniosos que fazem toneladas de dinheiro no limite da impossibilidade, da ética e da mo­­ralidade".

Para boa parte dos críticos, en­­tre­­tanto, trata-se apenas de uma for­­ma criativa de dizer que sua his­tó­­­ria é inventada – ao menos parcialmente. Consciente das críticas, Mezrich escreveu um texto de abertura para o livro, em que ad­­­mite a mistura de informações e até mesmo mu­­­­dan­ças na cronologia dos eventos contados.

De um jeito ou de outro, a animada história sobre o mais jovem bilionário do mundo, Zucker­berg, despertou o interesse de Holly­wood, que prepara um filme a partir do livro – o seu best-seller Quebrando a Banca foi adaptado para o cinema no ano passado.

  • Mark Zuckerberg é descrito em livro como um jovem ganancioso, que teria roubado informações de colegas para criar o Facebook
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No país em que o Orkut reina hegemônico entre as redes sociais, o Facebook começa a dar as caras. Só nos últimos 12 meses, a rede cresceu mais de 700% no Brasil, e já soma 1 milhão de usuários. Parece pouco perto do Orkut, do Google, com seus 24,4 milhões de membros, mas já mostra uma pressão para que o serviço cresça no país assim como vem crescendo em todo o mundo. Nascido nos Estados Unidos há cinco anos, o Facebook é hoje o maior fenômeno mundial quando se fala em redes sociais. Ele ultrapassou um a um os sites de relacionamento mundo afora, tornando-se líder em países tão díspares como Co­­lômbia e Austrália. Na última se­­mana, bateu a marca de 250 mi­­lhões de usuários. E, graças a uma cara mais adulta e dinâmica, vem ganhando terreno no Brasil.

"As ferramentas que ele disponibiliza são muito boas. Por exemplo, a integração com o Twitter. Todo mundo adorou essa ideia de associação, de fazer os comentários saírem direto no Twitter", conta o blogueiro e estudante de biologia Mateus Santos. Usuário do Orkut há quatro anos, ele excluiu a conta da rede do Google e agora usa somente o Facebook. "Eu já tinha o Facebook e comecei a usar mais porque ele tem ferramentas mais dinâmicas e uma seriedade maior como rede social. Inclusive na maneira como você é contactado. As pessoas chegam a você por indicação, não é aquela bisbilhotagem do Orkut."

Seriedade, aliás, é palavra de or­­dem quando se fala em Face­book. A analista de mercado Pietra Rassi é uma das que aderiu ao site neste ano, depois de cinco anos no Or­­kut. "Eu resolvi entrar em todas as redes sociais para entender como elas funcionam. E muitas pessoas começaram a falar bem do Face­book, que lá você tem mais privacidade e que é uma coisa mais sé­­ria." Ela diz que não pretende deixar de usar a rede social do Google, mesmo admitindo que tenha "perdido o interesse" no Orkut.

Assim como Pietra, 95% dos internautas brasileiros que estão no Facebook ainda mantêm a conta no Orkut, de acordo com a consultoria ComScore – para não per­­der o contato com os amigos que ainda não migraram de rede social. A pesquisadora em mídias sociais da PUC de Pelotas Raquel Recuero acredita que a empolgação com o serviço do Google, que "já não traz mais novidades", está mesmo passando. "O Facebook é uma ameaça, mas as pessoas não vão abandonar o Orkut até que todos tenham migrado", avalia.

Contágio

Com o perfil mais internacional entre todas as redes até agora, o Facebook, que nasceu nos EUA, foi aos poucos conquistando pela possibilidade de comunicação entre internautas de diferentes países. Um francês tinha um amigo norte-americano. Daí, entrava no Fa­­cebook para conversar com ele, só que também convidava aquele amigo da escola de sua cidade. E este, convidava irmã. Quando se via, 50% dos internautas franceses já estavam no serviço e abandonaram a rede que utilizavam antes.

Isso se repetiu no Canadá, no Reino Unido, na Argentina, na Es­­panha, no Chile, nos EUA... Hoje, nada menos do que 30% dos internautas mundiais estão no Face­­book e gastam, em média, 20 mi­­nutos diários em suas páginas. Por sua popularidade, o site – que ho­­je ocupa a quarta posição mundial entre os gigantes na internet em números de acesso – já pode ser con­­siderado o principal rival do Google.

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